A cerimônia religiosa durou das 10:00 às 12:08, horário local, com a presença de 156 delegações estrangeiras, vários chefes de Estado e de governo e a presença de mais de 250.000 pessoas, presentes desde o início da manhã, a quem o novo Pontífice saudou com um passeio no papamóvel em meio à multidão. Antes da celebração eucarística, o Papa se deslocou, juntamente com os Patriarcas das Igrejas Orientais, até o túmulo de São Pedro, localizado sob a Basílica do Vaticano, onde fez uma pausa para orar.
No final da proclamação do Evangelho, três cardeais das três ordens de diáconos, padres e bispos, bem como de diferentes continentes, se aproximaram de Leão XIV para realizar os ritos de iniciação como novo Sumo Pontífice.
O cardeal italiano Mario Zenari impôs o Pálio ao Papa Robert Francis Prevost, enquanto o arcebispo congolês Fridolin Ambongo Besungu rezou a Oração e o eclesiástico filipino Luis Antonio Tagle colocou nele o Anel do Pescador, símbolos que reconhecem o Santo Padre da Igreja Católica.
A Obediência foi dada por três cardeais, o canadense Frank Leo, o brasileiro Jaime Spengler e o arcebispo John Ribat, de Papua Nova Guiné. Também participaram da cerimônia o bispo peruano Luis Alberto Barrera e o padre daquele país latino-americano, Guillermo Inca Pereda.
Em sua homilia durante a missa, Leão XIV lembrou o Papa Francisco, cuja morte em 21 de abril passado “encheu nossos corações de tristeza”, e destacou que no Conclave os cardeais enfrentaram a difícil tarefa de escolher seu sucessor.
Tratava-se de encontrar “um pastor capaz de guardar o rico patrimônio da fé cristã e, ao mesmo tempo, de olhar para além dele, para enfrentar as questões, preocupações e desafios de hoje”, disse ele, e depois de expressar que “fui eleito sem mérito e, com medo e tremor”, reafirmou que “venho a vocês como irmão”.
O Papa Leão XIV destacou o amor e a unidade como as duas dimensões fundamentais de seu Pontificado
“Em nosso tempo, ainda vemos muita discórdia, muitas feridas causadas pelo ódio, violência, preconceito, medo do diferente e um paradigma econômico que explora os recursos da terra e marginaliza os mais pobres”, disse ele.
Nesse sentido, ele disse que “gostaria que nosso primeiro grande desejo fosse uma Igreja unida, um sinal de unidade e comunhão, que se torne o fermento de um mundo reconciliado”.
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