Um dos painéis, intitulado “Harnessing AI for Prosperity and Collaboration in Africa” (Aproveitamento da IA para prosperidade e colaboração na África), reuniu autoridades seniores e especialistas para abordar o cenário em transformação da disciplina e explorar estratégias de cooperação para garantir a participação ativa do continente na revolução da engenharia do conhecimento.
O Ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Gedion Timothewos, enfatizou a importância de os países africanos participarem ativamente da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação em IA. “A IA não é uma moda passageira, não é uma palavra da moda. É algo que determinará nosso destino como seres humanos em um futuro próximo”, disse ele.
Para Timothewos, ela exige uma abordagem de todo o governo, pois é a próxima revolução industrial. “Ela já está em andamento. Não podemos nos dar ao luxo de perder esse trem, precisamos nos juntar a ele, precisamos impulsioná-lo”.
Nesse sentido, ele exortou as nações do continente a se envolverem no debate sobre a governança da IA, enfatizando que plataformas como a Ethiopian Technology Expo 2025 foram cruciais para unir esforços e formar uma posição coletiva sobre regulamentações e políticas para o setor.
Ele ressaltou que a colaboração entre os setores público e privado, bem como entre os países, é crucial, enfatizando que ela é fundamental para o progresso.
“Quando reunimos nossos conhecimentos, habilidades e recursos humanos e promovemos a sinergia entre as nações africanas, acredito que podemos alcançar algo realmente significativo. Sem a colaboração facilitada por plataformas como esta, não conseguiremos avançar”, concluiu o Chanceler.
Por sua vez, o Comissário de Infraestrutura e Energia da União Africana, Lerato Mataboge, delineou a estratégia de IA da organização continental e enfatizou que a inteligência artificial não é mais um conceito futurista, mas uma realidade atual para muitas empresas e cidadãos africanos.
“Muitas empresas e PMEs (pequenas e médias empresas) já estão tirando proveito da IA em todo o continente. O ponto de partida é reconhecer que nossas economias já estão engajadas com a IA e que muitos de nossos cidadãos estão participando ativamente de sua revolução”, enfatizou.
Mataboge também reconheceu os desafios significativos na adoção da IA, incluindo o déficit de infraestrutura digital do continente e a contínua lacuna de habilidades.
Além disso, ele destacou que a retenção de profissionais qualificados é um grande obstáculo, já que muitos países africanos enfrentam uma fuga significativa de cérebros.
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