Em nota diplomática, o Ministério das Relações Exteriores do país caribenho lembrou que, há um ano, a administração do democrata Joe Biden (2021-2025) havia excluído Cuba da lista e reconhecido “o valor da cooperação bilateral na aplicação da lei, que inclui o enfrentamento conjunto do terrorismo”.
De acordo com essa fonte, “nada mudou desde então no desempenho exemplar de Cuba nessa área” e afirma que “nunca participou da organização, financiamento ou execução de atos terroristas contra qualquer país, nem seu território foi usado ou será usado para esse fim”.
A mensagem diz que “o que mudou foi o governo dos Estados Unidos e a intenção de seu novo Secretário de Estado (Marco Rubio) de impor a narrativa de que Cuba constitui uma ameaça para aquela nação”, com o objetivo de “descarrilar as relações bilaterais e levar os dois países a cenários de confronto”.
Em seu comunicado, a Amcrp considerou a medida como injusta, infundada e sem qualquer legitimidade, que não apenas ignora o histórico de Cuba na luta contra o terrorismo, mas também é uma tentativa de justificar políticas como o bloqueio imposto há mais de seis décadas.
“O governo dos EUA não tem autoridade moral para falar sobre a luta contra o terrorismo quando protegeu e financiou terroristas notórios como Luis Posada Carriles”, enfatiza o texto.
A Amcrp exigiu que Washington retirasse Cuba das listas unilaterais e arbitrárias e pediu à comunidade internacional e a todas as pessoas de boa vontade que apoiassem essa nobre causa.
Em sua conta na rede social X, o embaixador cubano no Panamá, Víctor Cairo, também destacou que o compromisso de seu país com a ação enérgica e a condenação do terrorismo é absoluto e invariável. Ele não responde aos caprichos do Secretário de Estado em exercício nos Estados Unidos.
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