O velório será realizado no Salón de los Pasos Perdidos do emblemático edifício que abriga o Parlamento uruguaio, onde Mujica lutou como deputado e senador.
As portas do Palácio se fecharam à uma hora da manhã de hoje, depois que mais de cinco mil uruguaios de várias tendências políticas e também estrangeiros desfilaram em frente ao caixão. O caminho pelo qual os enlutados caminham é ladeado por inúmeras coroas de flores de diferentes origens.
No dia anterior, pelo menos 40 embaixadores e representantes de organizações internacionais apresentaram suas condolências ao presidente Yamandú Orsi e à viúva de Mujica, a ex-vice-presidente Lucia Topolansky.
Não há horário definido para o término do velório de hoje, que contará com a presença de vários presidentes, incluindo o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o chileno Gabriel Boric e o boliviano Luis Arce.
As palavras finais serão proferidas pelo escritor Mauricio Rosencof, também ex-guerrilheiro tupamaro e companheiro de cativeiro de José Mujica.
O ex-presidente uruguaio faleceu em 13 de maio em decorrência da deterioração de sua saúde devido ao câncer de esôfago, diagnosticado em abril do ano passado.
Apesar de ter sido submetido à radioterapia, ele anunciou em janeiro passado que o câncer havia se espalhado para o fígado.
Ele então disse ao semanário Brecha: “Meu ciclo acabou. Honestamente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso.
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