A escola administrada pela ONU sofreu danos graves, que, combinados com um incêndio causado por estilhaços, dificultaram a evacuação das vítimas, incluindo mulheres e crianças. As operações de busca e salvamento continuam, pois várias pessoas continuam desaparecidas.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) afirma que, de acordo com imagens de satélite analisadas pela ONU, mais de 400 escolas foram diretamente atingidas por bombardeios desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023.
De acordo com o Serviço de Satélites da ONU, a guerra causou danos estruturais a mais de 95% das escolas de Gaza, corroborando os dados fornecidos pela UNRWA de que 501 das 564 instituições educacionais na Faixa precisarão de reconstrução completa ou grandes obras de reabilitação para reabrir.
“Não há mais humanidade em Gaza, e não há mais humanidade enquanto o mundo continua assistindo dia após dia famílias sendo bombardeadas, queimadas vivas e mortas de fome”, disse a agência.
Especialistas independentes em direitos humanos nomeados pela ONU alertam para consequências irreversíveis, já que as atrocidades crescentes no enclave costeiro “marcam uma reviravolta moral crítica e exigem ação internacional urgente”.
“Enquanto os estados debatem a terminologia — é genocídio ou não? — Israel continua sua implacável destruição da vida em Gaza”, disseram eles, referindo-se aos ataques por terra, ar e mar, e ao crescente número de mortes de civis.
Enquanto isso, na Cisjordânia ocupada, equipes de ajuda humanitária da ONU alertam sobre a piora das condições nas comunidades palestinas devido à “violência das forças israelenses e colonos”.
Israel começou a demolir seis casas na segunda-feira, afetando 17 famílias, no campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarem. Outros 100 edifícios serão demolidos, de acordo com um aviso israelense emitido no início de maio.
À luz do “forte impulso” para desalojar os palestinos que vivem na área, “o que mais uma vez levanta preocupações sobre os riscos de transferência forçada de populações”, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários enfatiza que, segundo o direito internacional, Israel, como potência ocupante, tem a responsabilidade de proteger os palestinos na Cisjordânia e garantir sua segurança e dignidade.
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