Beijing e a Comunidade Econômica Europeia – a precursora da atual União Europeia – estabeleceram relações em 6 de maio de 1975.
A esse respeito, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, enfatizou hoje que uma das lições mais importantes aprendidas nesse período é a necessidade de respeito mútuo e a busca de pontos em comum ao mesmo tempo em que se administram as diferenças.
“Apesar de suas diferentes histórias, culturas e sistemas, a China e a UE podem avançar por meio do diálogo, do intercâmbio e da cooperação aberta”, disse ele.
Lin destacou que o mundo está enfrentando profundas transformações e que o unilateralismo, o protecionismo e a hegemonia afetam a ordem internacional, colocando a humanidade em uma encruzilhada crítica.
No entanto, ele disse que “a cooperação entre a China e a UE supera a concorrência, o consenso supera as diferenças e as oportunidades superam os riscos”.
Lembrou que os dois lados representam mais de um terço da economia mundial e mais de um quarto do comércio global.
“Enquanto eles continuarem a optar pela abertura e pelo benefício mútuo, a tendência da globalização econômica não mudará fundamentalmente”, disse ele.
Lin observou que uma nova cúpula bilateral é esperada para este ano com a participação dos principais líderes do gigante asiático e do bloco.
Também serão realizados diálogos de alto nível sobre estratégia, economia, comércio, meio ambiente e digital.
Além disso, os dois lados organizarão quatro eventos e atividades de alto nível em economia, cultura, juventude, esporte e academia.
“Neste aniversário, a China espera que a UE coopere para manter o espírito original de estabelecer relações, fortalecer o diálogo e administrar bem as diferenças, promovendo relações bilaterais voltadas para o futuro e escrevendo novas histórias de sucesso”, concluiu.
Em cinco décadas, o comércio bilateral cresceu de US$ 2,4 bilhões para US$ 785 bilhões, um aumento de mais de 300 vezes.
A reaproximação entre os dois lados é ainda mais relevante em meio à guerra tarifária que cada um está travando com os Estados Unidos.
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