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Protestos na Síria contra ataques de Israel

Damasco, 4 de maio (Prensa Latina) — As províncias sírias de Latakia, Tartous e Hama foram palco hoje de protestos populares contra os reiterados ataques de Israel ao território sírio e contra planos de divisão do país, apoiados por forças externas.

Centenas de pessoas se reuniram na cidade costeira de Tartous, onde ergueram bandeiras nacionais e cartazes com frases que denunciam as incursões israelenses, consideradas infundadas e baseadas em pretextos frágeis. Os manifestantes também expressaram apoio ao Estado sírio, à sua unidade e soberania. Entre os cartazes, liam-se mensagens como: “A dignidade é indivisível e a soberania é uma linha vermelha” e “A Síria está unida e a agressão não nos quebrará”.

Outras faixas diziam: “Não à fragmentação e não à partição” e “A história não perdoará quem pede proteção a Israel”, refletindo a indignação dos presentes.

Na cidade de Latakia, um ato semelhante foi realizado para condenar os ataques do ocupante israelense e rejeitar a interferência estrangeira nos assuntos internos da Síria.

Aproveitando os confrontos em áreas habitadas pela minoria drusa, Israel intensificou os bombardeios alegando estar protegendo minorias.

Na véspera, aviões de guerra israelenses violaram o espaço aéreo sírio e lançaram uma série de ataques nas províncias de Quneitra, Deraa, Damasco, Hama e Latakia — regiões do sul, centro e oeste do país.

Segundo a mídia local, foi um dos ataques mais violentos e amplos lançados por Tel Aviv desde a queda do governo de Bashar Al-Assad em dezembro de 2024. A ofensiva aconteceu 24 horas após um bombardeio próximo ao Palácio Presidencial em Damasco.

A Presidência síria denunciou esse ataque como uma escalada perigosa contra as instituições do Estado e a soberania nacional, classificando-o como parte de uma tentativa contínua e imprudente de desestabilizar o país e aprofundar a crise.

Em comunicado divulgado pelo canal oficial no Telegram, o governo sírio pediu apoio da comunidade internacional e dos países árabes para resistir às agressões israelenses, que violam leis e convenções internacionais.

Os bombardeios aéreos coincidiram com incursões terrestres nas áreas rurais de Damasco, Quneitra e Deraa, onde forças israelenses tomaram zonas de amortecimento e avançaram para áreas de fronteira.

oda/fm/mb

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