A data foi comemorada com eventos tradicionais de rua, discursos e shows musicais, transmitidos pela televisão, redes sociais e outras plataformas online.
Os sindicatos fizeram seu principal ato em São Paulo, na Praça do Campo de Bagatelle, no norte do estado.
Além da Central Única dos Trabalhadores do Brasil, a manifestação está sendo organizada pela Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Nova Central Sindical dos Trabalhadores e Sindicato Público. A Central Única dos Trabalhadores entrou como convidada.
De acordo com uma nota conjunta divulgada pelos sindicatos, o dia 1º de maio “é uma data para os trabalhadores de todo o Brasil refletirem e celebrarem as conquistas e discutirem novos desafios e lutas”.
Um dos temas que estiveram no centro dos eventos é o fim da chamada escala 6×1, a atual semana de trabalho em que as pessoas trabalham seis dias e têm apenas um dia de folga.
O assunto ganhou destaque nas redes sociais graças a Rick Azevedo, fundador do movimento Vida Além do Trabalho.
O grupo ajudou a elaborar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 8/2025, da deputada Erika Hilton, que propõe a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas.
De fato, o texto da PEC modifica um artigo da Constituição para incluir a semana de trabalho de quatro dias no gigante sul-americano.
O conteúdo estabelece uma “jornada normal de trabalho de, no máximo, oito horas diárias e 36 horas semanais, com jornada de quatro dias úteis, permitida a compensação de horas e a redução de jornada mediante negociação ou acordo coletivo”.
Enquanto isso, no estado do Rio de Janeiro, sindicatos e movimentos sociais de base ocuparão a região central conhecida como Cinelândia, e um evento político contará com atrações musicais e culturais.
O deputado Chico Alencar destacou que o 1º de maio é uma data para defender os “direitos de quem realmente cria riqueza: o trabalho humano, o suor do nosso rosto, o direito ao nosso pão”.
Pela primeira vez neste mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará dos eventos do Primeiro de Maio e, em vez disso, decidiu emitir um comunicado oficial ontem à noite.
Durante seu discurso no rádio e na televisão, Lula prometeu discutir o fim da semana de trabalho 6×1, na qual uma semana tem um dia de folga e seis dias de trabalho.
“É hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir o equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar do trabalhador”, frisou.
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