“Acho que a mensagem fundamental é a defesa do multilateralismo. Não há paz, não há livre comércio, não há prosperidade sem um sistema multilateral”, disse Amorim.
Ele citou ações importantes na Organização Mundial do Comércio contra subsídios externos, como o caso do algodão contra os Estados Unidos e do açúcar contra a União Europeia, bem como a defesa do uso de medicamentos genéricos na luta contra a AIDS.
O ex-ministro das Relações Exteriores disse que o grupo também deve tratar de questões de paz e segurança internacionais.
No dia anterior, Amorim se reuniu com representantes da China e informou que os países reafirmaram um entendimento conjunto sobre a guerra na Ucrânia.
Ele garantiu que o Brasil entende que a mediação é necessária para a paz e a conciliação entre a Rússia e a Ucrânia.
“Quantas vezes o Brasil chegou a um acordo conjunto com um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU em uma questão de segurança internacional?
A reunião dos Conselheiros de Segurança Nacional do Brics reúne representantes dos países membros para discutir questões estratégicas e preparar o caminho para a cúpula dos chefes de Estado do bloco, que será realizada em novembro no Rio de Janeiro.
Originalmente, o grupo era formado por Brasil, Rússia, Índia e China e tinha o acrônimo Bric.
Desde 2010, também inclui a África do Sul e passou a se chamar Brics. Agora também inclui o Egito, a Etiópia, a Indonésia, o Irã, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos.
Há duas categorias de participação no Brics: países membros e parceiros. Estes últimos tornaram-se membros com status inferior ao de membros plenos, mas com a possibilidade de participar de cúpulas e reuniões temáticas.
Cuba, Belarus, Nigéria, Bolívia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Belarus recentemente se juntaram ao bloco como nações parceiras.
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