Segundo a organização, juntamente com Honduras, o país seria o mais vulnerável da América Latina caso houvesse interrupção dos envios de ajuda humanitária às famílias vindas do exterior, principalmente dos Estados Unidos, de onde chegam mais de 90 porcento das remessas.

Esses fundos enviados por parentes representam quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB) das economias de El Salvador e Honduras.

Uma pesquisa publicada na Economic Review of Central America and the Dominican Republic (Recard) indica que, na América Latina, as economias de El Salvador e Honduras são as mais propensas a sofrer ou se beneficiar de sua dependência dessas remessas.

A entidade especificou que El Salvador recebeu de 2001 até o quarto trimestre de 2023, a soma de 9 bilhões 217 milhões por meio dessa ajuda, enquanto Honduras alcançou mais de 8 bilhões 738,7 milhões, o que representou 19,9% de seu PIB desde 2001.

A análise mostra que as transferências de remessas, principalmente dos Estados Unidos, estão diretamente relacionadas aos laços reais de produção e comércio entre o mercado dos EUA e a América Latina.

O Banco Mundial (BM) considerou que o crescimento da economia salvadorenha poderá ser afetado nos próximos anos devido à queda nas remessas.

O Banco Mundial estima que, se as políticas de imigração do presidente Donald Trump forem implementadas, muitos migrantes serão forçados a retornar aos mercados de trabalho locais, pressionando economias como a de El Salvador, e menos pessoas enviarão dinheiro de países como os Estados Unidos.

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