Entre as vítimas dos ataques estavam 16 menores, de acordo com uma declaração escrita da ONG sudanesa Sudan Doctors Network (SDN), que foi divulgada nas redes sociais. A RSF massacrou 74 pessoas, incluindo 12 crianças e nove mulheres, na cidade de Al Zafaa, Kordofan Ocidental, muitas delas executadas, e deixou 173 feridos, disse o comunicado do grupo, sem citar a fonte da informação.
Outros onze não combatentes, cinco deles menores, foram mortos no ataque ao campo de refugiados na cidade de Atbara, na província do Rio Nilo, acrescentou a denúncia.
A RSF, liderada pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, juntamente com o Conselho Soberano de Transição (STC, governo) do general Abdel Fattah al-Burhan, está liderando a chamada guerra esquecida no Sudão, que causou a maior crise de refugiados da história, com 14 milhões de pessoas.
O conflito eclodiu em abril de 2023 devido a diferenças fundamentais entre os generais Hamdan Dagalo e al-Burhan, anteriormente aliados, sobre o destino dos homens da RSF e a logística que a CST queria integrar ao Exército Nacional.
Nos dois anos desde o início da guerra civil sudanesa, 24 mil pessoas morreram, muitas outras ficaram feridas, e a infraestrutura deste país do nordeste da África está destruída, sem nenhuma solução negociada à vista.
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