Domingo, Maio 04, 2025
NOTÍCIA

Acusadores apontam o dedo para a milícia por dois massacres no Sudão

Cartum, 26 de abril (Prensa Latina) As Forças de Apoio Rápido (RSF) são acusadas hoje de massacres nas províncias de Kordofan Ocidental (sul) e Rio Nilo (centro), nos quais morreram 90 civis inocentes.

Entre as vítimas dos ataques estavam 16 menores, de acordo com uma declaração escrita da ONG sudanesa Sudan Doctors Network (SDN), que foi divulgada nas redes sociais. A RSF massacrou 74 pessoas, incluindo 12 crianças e nove mulheres, na cidade de Al Zafaa, Kordofan Ocidental, muitas delas executadas, e deixou 173 feridos, disse o comunicado do grupo, sem citar a fonte da informação.

Outros onze não combatentes, cinco deles menores, foram mortos no ataque ao campo de refugiados na cidade de Atbara, na província do Rio Nilo, acrescentou a denúncia.

A RSF, liderada pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, juntamente com o Conselho Soberano de Transição (STC, governo) do general Abdel Fattah al-Burhan, está liderando a chamada guerra esquecida no Sudão, que causou a maior crise de refugiados da história, com 14 milhões de pessoas.

O conflito eclodiu em abril de 2023 devido a diferenças fundamentais entre os generais Hamdan Dagalo e al-Burhan, anteriormente aliados, sobre o destino dos homens da RSF e a logística que a CST queria integrar ao Exército Nacional.

Nos dois anos desde o início da guerra civil sudanesa, 24 mil pessoas morreram, muitas outras ficaram feridas, e a infraestrutura deste país do nordeste da África está destruída, sem nenhuma solução negociada à vista.

arc/msl/glmv

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