Domingo, Maio 04, 2025
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Haiti vive uma morte lenta, diz diplomata

Porto Príncipe, 23 de abr (Prensa Latina) O representante do Haiti nas Nações Unidas, Ericq Pierre, alertou que o país caribenho vive atualmente um processo

Essa situação, disse Pierre, se deve à ação combinada de gangues, traficantes de drogas e traficantes de armas.

Nós — referindo-nos aos haitianos — devemos explorar todos os caminhos possíveis que possam contribuir para erradicar o fenômeno das gangues armadas, porque essas são as soluções necessárias para grandes males.

Pierre explicou que, apesar dos esforços das autoridades locais e da comunidade internacional, é notável que os resultados desejados estão longe da realidade.

Na segunda-feira, a chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti, María Isabel Salvador, pediu aos Estados-membros que apoiassem o Plano de Resposta Humanitária de 2025 para a nação caribenha em crise.

Salvador pediu assistência vital, especialmente para mulheres e crianças, e pela promoção da paz social.

O Haiti está perto de um ponto sem retorno devido à insegurança, disse ele durante uma sessão de trabalho do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação de segurança no Haiti, realizada no dia anterior.

Os Estados-membros devem contribuir para aumentar seu apoio às forças de segurança haitianas, já que os esforços atuais são insuficientes para erradicar as gangues, disse Salvador, citado pela rádio local.

Ele descreveu a violência praticada por grupos criminosos como indiscriminada, particularmente nas comunas de Porto Príncipe, Kenscoff e Mirebalais.

As gangues — em sua opinião — buscam fortalecer seu poder, assumir o controle das instituições e criar um clima de terror no país.

“No entanto, sem assistência internacional rápida, decisiva e concreta, a situação de segurança no Haiti provavelmente se deteriorará ainda mais. O país poderá mergulhar no caos total”, afirmou Salvador.

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