Domingo, Maio 04, 2025
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De Cuba, arte em defesa da Palestina

Havana, 20 abr (Prensa Latina) Jovens de Cuba e da Palestina pintaram um mural em frente ao Instituto Cubano de Pesquisas Culturais Juan Marinello, nesta capital, em denúncia ao genocídio israelense e em apoio aos prisioneiros palestinos.

Sob o slogan “Prisioneiros pela liberdade”, estudantes e graduados do Instituto Superior de Design (ISDI) e da Faculdade de Comunicação da Universidade de Havana deixaram uma mensagem de apoio e resistência por meio da arte em frente à Avenida Independência, mais conhecida como Boyeros, uma das avenidas mais movimentadas da cidade.

Também participaram representantes da publicação Resúmen Latinoamericano, do Centro Martin Luther King e membros de outras organizações solidárias com a causa do povo palestino.

Em declarações exclusivas à Prensa Latina, Yousef Abualrob, ativista da organização Juventude Palestina, explicou que essa iniciativa é a continuação de um grupo de ações desenvolvidas em homenagem ao Dia do Prisioneiro Palestino, comemorado em 17 de abril.

O jovem, que se formou em medicina em Cuba, denunciou que, depois de 7 de outubro, o número de prisioneiros palestinos nas prisões sionistas se multiplicou por 100, submetidos a condições desumanas, em grande parte semelhantes àquelas em que o povo de Gaza vive hoje, privado de serviços básicos, alimentação e saúde.

Além disso, ele expressou que todas as ações, em todos os cantos do mundo, relacionadas à questão do movimento em defesa dos prisioneiros palestinos podem, de alguma forma, chegar até eles, como uma maneira de lhes dar fé e força para continuar firmes e nunca desistir.

Omayma Alkhawaga, também militante dessa organização, agradeceu o apoio cubano à causa de seu povo e disse que saber que os jovens de Cuba sentem que essa luta é deles é uma motivação para continuar resistindo.

Enquanto isso, Mariana Lucía Carjaval, estudante do ISDI, afirmou que essa é uma campanha que deve pertencer a todos os povos do mundo, pela vida e pela humanidade; por isso, como artista, ela está tentando pagar essa dívida com a Palestina. Ela acrescentou que essa ação também tem como objetivo enfrentar a imobilidade, ser uma mensagem de preocupação e alerta sobre o assunto para todos aqueles que caminham pela Avenida Independência na capital cubana.

Da mesma forma, Aniet Venereo, que faz parte da ação Juntas pela Palestina, um grupo de mulheres que cortam o cabelo para chamar a atenção para os 77 anos de ocupação sionista, explicou que esse mural é mais um grito para pôr fim à morte de milhares de mulheres e crianças em Gaza.

Venereo denunciou a existência de pelo menos 350 crianças palestinas na prisão, conforme relatado por entidades desse país no relatório de abril, e estima-se que antes do início dessa última fase do genocídio já havia mais de 170 crianças presas, não isentas de torturas e traumas psicológicos.

A ativista expressou sua satisfação em acompanhar os jovens de ambas as nações nessa obra de arte coletiva em um muro do lado de fora do Instituto Juan Marinello e reafirmou o direito dos prisioneiros e do povo palestino de lutar por sua libertação nacional, contra o colonialismo e o genocídio.

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