Em Frankfurt, o índice de referência DAX abriu as negociações no verde, com alta de 7,8%, enquanto o CAC 40 em Paris caiu 6,3% e o FTSE 100 em Londres caiu 5,9%, após dias de queda, exceto na terça-feira.
A campanha tarifária de Trump gerou medo nos investidores e a ameaça de uma recessão global, um cenário que impactou imediatamente os mercados de ações mais influentes do mundo.
No entanto, o presidente dos EUA pediu flexibilidade no dia anterior e suspendeu as chamadas tarifas alfandegárias “recíprocas” por 90 dias, embora tenha aumentado as impostas à China para 125% e deixado intactas as impostas ao aço, alumínio e automóveis.
Para o ex-comissário de Comércio Interno da União Europeia (UE), Thierry Breton, Trump finalmente ouviu “os adultos na sala”.
Aparentemente, ele foi informado de que o país mais endividado do mundo (os Estados Unidos) precisa de outros para refinanciá-lo, disse ele à BFM TV.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também reagiu ao anúncio da Casa Branca, chamando-o de “um passo importante para estabilizar a economia global”.
No entanto, persistem preocupações sobre a conduta imprevisível de Trump e suas tarifas, identificadas como uma ferramenta de pressão para forçar países individuais, particularmente as maiores economias do mundo, sejam eles aliados de Washington ou não, a negociar.
Especialistas apontam que os objetivos do presidente republicano são reduzir o enorme déficit comercial dos EUA, comprar a dívida da potência do norte e impedir que aqueles que já a possuem, especialmente Japão e China.
jcm/wmr / fav