Domingo, Maio 04, 2025
NOTÍCIA

Guerra tarifária dos EUA e China reflete na indústria cinematográfica

Beijing, 10 de abr (Prensa Latina) A China reduzirá o número de importações de filmes dos EUA e introduzirá filmes demais países para atender à demanda do mercado, disse uma fonte oficial hoje.

A Administração Nacional de Cinema disse que a decisão se baseia na “errônea conduta do governo dos EUA ao impor tarifas indiscriminadamente à China”, o que, segundo ela, reduzirá a preferência do público doméstico por filmes chineses.

“Seguiremos as regras de mercado, respeitaremos a escolha pública e reduziremos moderadamente o número de importações de filmes americanos”, enfatizou a declaração.

De acordo com o ministério, a China é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo e tem mantido consistentemente um alto nível de abertura ao mundo exterior.

A medida faz parte da escalada tarifária desencadeada pelo presidente Donald Trump, que o levou a impor tarifas de até 125% sobre produtos do gigante asiático.

Enquanto isso, as tarifas de 84% de Beijing sobre todas as importações dos EUA entraram em vigor hoje em meio a tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

O Departamento de Comércio do gigante asiático também adicionou outras 12 empresas americanas à sua lista de controle de exportação.

Além disso, a China entrou com uma disputa com os Estados Unidos no mecanismo de solução de controvérsias da OMC sobre as últimas medidas tarifárias.

Em outro desenvolvimento, o Ministério da Cultura e Turismo emitiu um alerta de risco para turistas chineses viajando para os Estados Unidos.

“Se os Estados Unidos realmente desejam negociar, devem adotar uma postura de igualdade, respeito e reciprocidade”, enfatizou hoje o Ministério das Relações Exteriores da China.

O porta-voz Lin Jian observou que pressão, ameaças e chantagem não são a maneira correta de lidar com Beijing.

Ele explicou que as contramedidas adotadas pelo gigante asiático buscam defender sua soberania, segurança e desenvolvimento, bem como proteger a justiça internacional, o sistema de comércio multilateral e os interesses comuns da comunidade global.

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