No dia anterior, o presidente angolano e atual chefe da UA, João Lourenço, liderou uma reunião virtual de chefes de Estado e de governo para abordar a situação de segurança no leste da RDC e avaliar questões como a nomeação de um novo mediador.
A candidatura do presidente togolês foi apresentada na reunião e, de acordo com a declaração oficial da reunião, Essozimna Gnassingbé foi previamente consultado e expressou seu apoio para assumir tal posição, sujeito à aprovação formal dos estados-membros.
Na reunião, Lourenço enfatizou a necessidade de avançar no processo de paz na RDC, dados os graves acontecimentos relacionados à instabilidade no leste do Congo.
Ele destacou os progressos alcançados no contexto dos processos de Luanda e Nairóbi, que agora estão fundidos, e elogiou as duas cúpulas conjuntas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Oriental (EAC), que estabeleceram um roteiro e incluíram novos facilitadores.
O presidente angolano, que foi o mediador nomeado pela UA entre a RDC e Ruanda em 2022, deixou de liderar esses esforços após assumir a presidência da organização continental.
Nesse sentido, ele considerou urgente identificar um novo representante entre os chefes de Estado africanos, que trabalhará em conjunto com a SADC, a EAC e os facilitadores regionais de paz.
De acordo com os regulamentos da Assembleia da UA, a Comissão Organizadora conduzirá um processo de consulta, após o qual decidirá se o Presidente do Togo será responsável por esta tarefa.
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