O chefe da diplomacia russa, que concedeu uma entrevista aos blogueiros estadunidenses Mario Nawfal, Larry Johnson e Andrew Napolitano, recordou que a expansão da OTAN para o leste é reconhecida, inclusive pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um dos perigos fundamentais para Moscou.
Portanto, a presença de tropas do bloco atlântico em solo ucraniano sob qualquer bandeira, em qualquer capacidade, é a mesma ameaça, disse o ministro das Relações Exteriores.
Perguntado sob quais condições Moscou poderia aceitar a presença de militares da aliança como forças de paz, o diplomata rejeitou essa possibilidade. “Sob nenhuma condição. Ninguém fala conosco. Eles continuam dizendo nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia, mas estão fazendo tudo sobre a Rússia sem a Rússia”, enfatizou Lavrov.
Ele também lembrou que, quando Trump foi questionado sobre as forças de paz, ele disse: “Bem, é muito cedo para falar sobre isso, mas normalmente você precisa do consentimento das partes”.
“Então, você quer uma força composta por países que nos declararam inimigos, e eles vêm como pacificadores?”, disse Lavrov.
Em 5 de março, o presidente francês Emmanuel Macron se dirigiu a seus concidadãos, dizendo que Paris organizaria uma reunião dos chefes de estado-maior de alguns países que apoiam Kiev para discutir o possível envio de um contingente europeu.
Um dia antes, o representante permanente da Rússia nas organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov, rejeitou categoricamente a iniciativa.
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