De acordo com relatos da imprensa local, 20 homens armados realizaram os assassinatos em diferentes casas na tarde de quinta-feira, enquanto vídeos nas redes sociais mostram gritos desesperados de pessoas que testemunharam o evento.
A Polícia Nacional observou que algumas das vítimas tinham antecedentes criminais por roubo, tráfico de drogas e posse de armas.
De acordo com as autoridades, esse crime faz parte de um conflito pelo controle da área entre duas facções da gangue criminosa Los Tiguerones.
O prefeito de Guayaquil, Aquiles Alvarez, disse em sua conta no X que “a situação em Nueva Prosperina é bárbara (…) Homens armados com rifles e pistolas de 9 mm, pelo menos 20 assassinos, saíram pelas ruas executando a sangue frio”.
Alvarez alertou que até agora, neste ano, 180 mortes violentas ocorreram na área, “um número que só cresce e que mostra que a situação não está sob controle”.
O massacre de quinta-feira é considerado pela mídia local como o pior em Guayaquil em anos, sem contar os eventos que ocorreram nas prisões.
A polícia informou na sexta-feira que “realizou operações importantes para capturar os responsáveis e esclarecer esses atos violentos”.
A cidade costeira de Guayaquil é a capital da província de Guayas, um dos territórios onde o estado de emergência está em vigor há dois meses e será prorrogado por mais um mês, conforme decretado pelo presidente Daniel Noboa.
O presidente anunciou que, nas próximas duas ou três semanas, o país receberá forças de países aliados para reforçar a luta contra o crime organizado.
O Equador encerrou 2024 como o segundo ano mais violento da história e, nos primeiros meses de 2025, o número de homicídios já ultrapassa 1.000, apesar dos constantes estados de emergência, da declaração de conflito armado interno e da militarização.
Essa escalada de violência está ocorrendo às vésperas do segundo turno das eleições, em 13 de abril, quando Noboa enfrentará Luisa González, do movimento Revolución Ciudadana, nas urnas.
mem/avr/bm