O ministro destacou que os laços entre a China e a América Latina e o Caribe (ALC) fazem parte da cooperação Sul-Sul e não se baseiam em cálculos geopolíticos.
Em entrevista coletiva, o chanceler disse que o relacionamento entre as duas partes segue os princípios de respeito mútuo e benefício compartilhado, sem interesses hegemônicos.
O chefe da diplomacia afirmou que em suas relações com os países latino-americanos, a China não busca esfera de influência nem ataca nenhuma das partes.
“O que o povo da América Latina quer construir é sua própria pátria, não o quintal de outra pessoa”, enfatizou.
Ele enfatizou que os países latino-americanos acolhem bem a cooperação com Beijing porque os desejos e necessidades da região são respeitados aqui.
O ministro lembrou que este ano marca o décimo aniversário da operação oficial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e que o gigante asiático sediará a Quarta Conferência Ministerial no primeiro semestre do ano. “Desde o início da nova era, sob a orientação do presidente chinês Xi Jinping e de líderes de países latino-americanos, a construção de uma comunidade China-LAC com um futuro compartilhado fez progressos significativos”, acrescentou.
Segundo o ministro, esses resultados beneficiaram todos os povos envolvidos, apoiados pelo mecanismo do Fórum China-CELAC.
Wang Yi disse que ambos os lados aproveitarão esta oportunidade para fortalecer os laços, eliminar interferências e elevar a cooperação a um novo nível.
Segundo o chanceler, a cooperação entre China e América Latina oferece uma opção confiável e amplas perspectivas para a revitalização da região.
O discurso de Wang Yi ocorreu durante as sessões anuais do Congresso Nacional do Povo (Legislatura) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o principal órgão consultivo.
Esta não é a primeira vez que a China defende seus laços com a América Latina e o Caribe desde que o novo governo assumiu a Casa Branca.
Durante sua recente visita a países da América Central, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, criticou essa colaboração e acusou o gigante asiático de interferência no Canal do Panamá, ao mesmo tempo em que abordou outras questões, como a Iniciativa do Cinturão e Rota, 5G, segurança cibernética e o princípio “Uma China”.
O Ministério das Relações Exteriores da China chamou os comentários de “imprecisos” e cheios de “mentalidade da Guerra Fria” e “ideologia tendenciosa”.
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