A vice-presidente da Assembleia Legislativa, representante da Nuevas Ideas, Suecy Callejas, entrou nas divergências ao qualificar de “irresponsáveis” aqueles que falam em aumento de impostos para chegar ao pacto, e não descartou que possam ocorrer ajustes.

Ele disse durante entrevista ao programa Diálogo 21 que o Parlamento de maioria pró-governo trabalhará para “não gerar mais impostos” e antecipou que um aumento de impostos “não vamos tolerar”.

Callejas destacou que quem especula com aumento de impostos o faz para criar medo na população.

O representante esclareceu que a negociação com o Fundo ainda não foi encerrada porque não foi alcançado o ponto de encontro entre “as prerrogativas do FMI e o que o país necessita; isso não significa que não vamos fazer ajustes”.

Salientou que num acordo virtual com o FMI, El Salvador tem “todo o direito” de indicar o que pode ou não aceitar. “É tudo negociação”, disse ele.

No fim de semana, o vice-presidente Félix Ulloa, durante uma entrevista à rede de televisão Russia Today (RT) em espanhol, afirmou que o seu país superou os requisitos exigidos pela instituição de crédito para chegar a um acordo de 1,3 bilhões de dólares.

Ele sustentou que agora tudo está superado em relação às demandas pelo uso da bitcoin como moeda legal.

Embora não tenha dado mais detalhes sobre o assunto, Ulloa referiu-se ao tema quando questionado sobre a diversificação das fontes de crédito das quais o governo de El Salvador obteve financiamento para realizar seus projetos.

“El Salvador sempre tentou diversificar a sua dívida externa, não ficamos apenas com instituições tradicionais, como o Banco Mundial; o Fundo, com quem estamos prestes a fechar um acordo”, observou.

Apesar do avanço, os setores populares lembram que em seu discurso de posse o presidente Nayib Bukele anunciou que para este segundo mandato se concentrará na solução do problema da economia, ao mesmo tempo em que antecipa a aplicação de um “remédio amargo”.

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