3 de May de 2024
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Angola entre a greve geral e as remunerações complementares

Angola entre a greve geral e as remunerações complementares

Luanda, 20 abr (Prensa Latina) Enquanto as centrais sindicais angolanas se preparavam para a segunda fase da greve geral, marcada para o próximo dia 22 de abril, o Presidente João Lourenço anunciou remunerações complementares no sector público.

Entrando em vigor a partir de 1 de Junho, o Decreto Presidencial publicado na véspera beneficiará os funcionários e agentes administrativos do regime geral da função pública, que receberão um adicional de 30 mil kwanzas (cerca de 36 dólares).

O mesmo documento estabelece que o pessoal docente do Ensino Superior e da investigação científica tem direito a uma remuneração complementar, que varia entre cerca de 336 mil kwanzas (403 USD) e cerca de 495 mil (594 USD), em função da categoria e com igual vigência a partir de Junho.

Outros beneficiários são médicos e militares de saúde, que passam a poder optar pelo sistema remuneratório de civis que exerçam o mesmo trabalho profissional.

Conforme informou a Presidência, o ajustamento dos vencimentos base do pessoal da função pública visa garantir maior eficiência administrativa e melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos.

Da mesma forma, propõem que esteja alinhado com os objetivos estabelecidos no Roteiro para a Implementação da Nova Arquitetura de Remuneração da Administração Pública, aprovado em 30 de outubro de 2023.

A medida poderá colocar em apuros o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Confederação Sindical, a Central Geral dos Sindicatos Livres e Independentes de Angola e a Força Sindical, que na quinta-feira declararam que avançariam para a segunda fase da greve (a primeira foi de 20 a 22 de março), para culminar em 30 de abril.

Precisamente as reivindicações de aumento dos salários na função pública e do salário mínimo nacional constituíram os pontos altos das negociações dos sindicatos com o Governo, que acabaram por fracassar.

As centrais exigiram um aumento salarial na função pública de 250 por cento, que nas negociações concordaram em reduzir para 100 por cento; e um aumento do salário mínimo nacional, atualmente de 32.181,15 kwanzas (cerca de 39 dólares), para 245 mil kwanzas, mas no processo de diálogo concordaram em deixá-lo em 100 mil kwanzas (cerca de 120 dólares).

Também cederam relativamente à redução da taxa do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, que concordaram em aumentar para 15 por cento.

Contudo, o Governo insistiu que as finanças do Estado não permitem um aumento de 100 por cento do salário na função pública, além de alertar para os riscos de aumentar o salário mínimo nacional para 100 mil kwanzas, pela obrigação que isso implica. para todos na sociedade, o que poderá levar a um maior desemprego.

Não é possível a uma pequena empresa, que tem apenas cinco funcionários, pagar a cada um deles 100 mil kwanzas, porque aquela entidade não fatura esse valor, exemplificou a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias.

A proposta do governo foi dividir o salário mínimo nacional por categorias de empresas, para manter o equilíbrio entre as demandas e necessidades das empresas, bem como preservar empregos.

Entretanto, em termos de remuneração do sector público, trouxeram para a mesa um aumento gradual de 25 por cento anualmente até 2027, mas ambas as propostas foram rejeitadas pelos sindicatos.

Ambos os partidos manifestaram vontade de dialogar, mas no ponto da intransigência e com a greve a bater às portas, o decreto presidencial pode significar que um grupo de trabalhadores abandone o apelo.

Já estava em risco devido às ameaças que, segundo os representantes trabalhistas, os trabalhadores recebiam dos empregadores, que em muitos lugares tentavam “chantagear” os trabalhadores com descontos por faltas.

O porta-voz dos sindicatos, Teixeira Cândido, apelou quinta-feira aos trabalhadores angolanos para que consintam no sacrifício e aceitem as ações prometidas por alguns empregadores, para deixarem claro que não querem “salários de miséria”.

Goste ou não, a provisão é uma promessa que se tornará realidade em junho; Os resultados da greve ainda estão na terra dos desejos.

ro/kmg/ml

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