Sobre a sentença que desqualifica o candidato presidencial do partido Realizando Metas (RM) para as eleições gerais de maio próximo, o também ex-presidente da República, Martín Torrijos (2004-2009), candidato pelo Partido Popular, disse que a Corte Suprema pôs fim a um caso de grande repercussão e que terá impacto na oferta eleitoral.
Em relação à decisão, Torrijos disse na rede social X que ela não altera em nada o curso de sua campanha política, que não se baseia no destino de outros candidatos, nem em desqualificações ou alianças oportunistas, mas em propostas concretas e viáveis para resolver os problemas que afligem e preocupam os panamenhos.
Rómulo Roux, candidato presidencial da aliança dos partidos Mudança Democrática e Panameñista, também afirmou que esta é uma decisão final e definitiva, que deve ser respeitada e aplicada.
Entretanto, Ricardo Lombana, porta-estandarte do Movimiento Otro Camino, considerou que a justiça “mais uma vez está do lado certo da história e acaba de condenar um dos políticos mais corruptos que o país já teve”.
O candidato de livre nomeação, Melitón Arrocha, afirmou que ficou demonstrado que ninguém está acima da lei.
Na opinião do candidato independente à presidência e deputado Zulay Rodríguez, a medida do Tribunal demonstrou a interferência do governo de Laurentino Cortizo nas decisões judiciais.
Para Olga de Obaldía, directora executiva da Fundação para o Desenvolvimento da Liberdade Cidadã, o principal em tudo isto é que o Panamá consiga acabar com a impunidade, pois a partir daí estaremos a avançar para evitar actos de corrupção.
A ex-procuradora-geral e ex-deputada Ana Matilde Gómez também indicou que agora está a ser feita justiça.
Durante o dia, o Supremo Tribunal de Justiça tornou definitiva a sentença de 10 anos e seis meses de prisão por branqueamento de capitais no caso New Business pela compra da editora Panamá América, proferida em julho passado contra Martinelli, depois de rejeitar o último meio legal para a invalidar.
O Segundo Tribunal Penal decidiu “não admitir o recurso de cassação sobre o mérito, formalizado por Carlos Eugenio Carrillo Gomilla, na qualidade de representante legal de Ricardo Alberto Martinelli Berrocal”, afirma o edital número 26 publicado a 2 de fevereiro.
Esta decisão faz de Martinelli, de 71 anos, o primeiro antigo Presidente do Panamá a ser condenado a uma pena de prisão por corrupção na história democrática do país, segundo alguns meios de comunicação social.
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