3 de May de 2024
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Bolívia 2023: avanços na locomotiva da industrialização

Bolívia 2023: avanços na locomotiva da industrialização

La Paz (Prensa Latina) Um investimento de mais de três bilhões de dólares em complexos produtivos que darão resultados em 2024, reafirmados no ano que conclui o progresso da Bolívia rumo a uma economia de base ampla.

Por Jorge Petinaud Martínez

Correspondente-chefe na Bolívia

“Estamos vivenciando a mudança estrutural que almejamos rumo a uma Bolívia produtiva e industrializada; em nível nacional estamos investindo mais de 25 bilhões de bolivianos (três bilhões de dólares) em diversas plantas industriais”, disse o presidente Luis Arce.

Pelo seu impacto futuro na trajetória de substituição de importações, destaca-se entre esses projetos a criação, em 26 de abril, da Empresa Pública Produtiva da Indústria Química Boliviana (IBQ), que economizará 1,4 bilhão de dólares anuais.

“Vamos investir três mil e 409 milhões de bolivianos (487 milhões de dólares) para formar uma indústria própria de química básica, com matérias-primas bolivianas, para deixar de importar esses mil e 400 milhões de dólares”, afirmou Arce.

O IBQ pretende localizar quatro fábricas no município de Uyuni, Potosí, para a produção de ácido sulfúrico, ácido clorídrico, carbonato de sódio, hidróxido de sódio, cálcio e cloreto de cálcio.

O dignitário explicou que a nova corporação se tornará o “eixo articulador” das matérias-primas, seu processamento e industrialização, e consolidará a presença de produtos 100% bolivianos nos mercados mundiais.

Insistiu que seu governo “é o da industrialização da Bolívia”.

Lamentou o tempo perdido, porque, como recordou, este processo deveria ter começado nas décadas de 1960 e 1970, como aconteceu noutros países da região e do mundo, razão pela qual é agora necessário que esta nova empresa reduza gradualmente a importação de insumos químicos.

De outro ponto de vista, significou que este investimento gerará fontes de emprego e garantirá a participação nos mercados mundiais com produção 100% boliviana.

O chefe de estado informou que estas quatro fábricas do IBQ são as primeiras das 42 que, a partir da industrialização do lítio, levantarão economicamente o departamento de Potosí.

“Este é um investimento que vale a pena”, disse o dignitário e exortou os deputados da Assembleia Legislativa Plurinacional a acompanharem esta nova etapa histórica do país, lembrando-lhes que quando aprovam uma lei não estão a apoiá-lo ou ao Governo, mas sim ao povo boliviano.

Como insumos, o ácido sulfúrico é utilizado para a produção de fertilizantes, o hidróxido de sódio é utilizado para a fabricação de papel, o carbonato de sódio é essencial na indústria de cimento, o ácido clorídrico possibilita o tratamento da água e o cloreto de cálcio é fundamental na indústria de laticínios.

Essa gama de substâncias impacta decisivamente esferas como agricultura, farmacêutica, mineração, hidrocarbonetos, energia, construção, alimentos, sucos, bebidas, indústrias de papel e vidro, entre outras.

BASE AMPLA

A vice-ministra da Comunicação, Gabriela Alcón, por sua vez, sustentou que em 2024 serão visíveis os resultados da política de industrialização com substituição de importações, que inclui a construção e operação de mais de 150 indústrias, das quais duas já estão em pleno funcionamento. funcionando e começar a consolidar a economia de “base ampla”.

“Neste 2024 vamos começar a mostrar o que significa a industrialização com as nossas mais de 150 fábricas (…), que foram mostradas, que foram instaladas (…)”, garantiu Alcón em declarações a

a imprensa em La Paz.

Até ao momento, foram entregues à Fábrica de NPK (nitrogénio, fósforo e potássio) para produção de fertilizantes granulados, em Cochabamba, e a Planta Industrial de Carbonato de Lítio, em Llipi.

sudoeste do departamento de Potosí. Para produzir NPK, a Empresa Boliviana de Industrialização de Hidrocarbonetos (EBIH) obterá a matéria-prima das empresas Yacimientos Petrolófilos Fiscales Bolivianos (YPFB), Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB) e das pedreiras de Cochabamba.

O projeto exigiu um investimento de 63,7 milhões de bolivianos (mais de nove milhões de dólares) e tem capacidade de produção de cerca de 60 mil toneladas por ano de NPK e uréia granulada de liberação lenta, dois fertilizantes de alta demanda no mundo.

Segundo as autoridades bolivianas, esta produção cobrirá cem por cento da procura nacional, razão pela qual este insumo deixará de ser importado.

Já inaugurada no último dia 15 de dezembro, a Planta Industrial de Carbonato de Lítio foi construída ao custo de quase 767 milhões de bolivianos (109 milhões de dólares), e quando estiver em plena capacidade fornecerá anualmente cerca de 15 mil toneladas do composto.

O vice-ministro Alcón disse à imprensa que existem muitos outros projetos, que na prática mostrarão desde o primeiro meses de 2024 o objetivo prosseguido pelo Governo.

Ele anunciou que nos primeiros dois meses quatro das sete usinas que compõem o Complexo Siderúrgico Mutún deverão entrar em operação, e assim terá início a produção de barras de aço corrugado e fio-máquina.

Em Mutún estão investidos cerca de 546 milhões de dólares, nas áreas de Concentração, Pelitização, Redução Direta de Ferro, Siderurgia, Laminação, Central Elétrica e Infraestruturas Auxiliares, informou.

Mais recentemente, no dia 21 de dezembro, o presidente da YPFB, Armin Dorgathen, antecipou que, no primeiro trimestre de 2024, a primeira Usina de Biodiesel do

departamento de Santa Cruz, e posteriormente o segundo em El Alto, departamento de La Paz.

Segundo Dorgathen, entre eles substituirão sete pontos percentuais do diesel que é importado atualmente.

O vice-ministro Alcón garantiu que “será pisado no acelerador” em todas estas obras.

“O resultado da industrialização, da estabilidade económica e do projeto que propomos para o nosso bicentenário começará a centrar-se desde os primeiros dias (de 2024) no objetivo de mostrar aquela economia de base ampla que nos permite ter sustentabilidade, valor acrescentado e tudo o que a Bolívia significa para o bicentenário”, concluiu o vice-presidente.

arb/jpm/ml

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