A Assembleia Nacional (parlamento) rejeitou ontem, por maioria, o projeto de lei sobre imigração preparado pelo executivo, razão pela qual Bompard também pediu a renúncia do ministro do Interior, Gérald Darmanin, responsável pela proposta.
“O ministro deve assumir sua responsabilidade e sair com seu texto debaixo do braço”, disse ele, e denunciou o que considera “um problema democrático”, o de um governo que não tem maioria parlamentar e que, apesar da rejeição da lei, “nos diz que tudo continuará como antes”, acrescentou.
“Ele não está mais em condições de governar o país em boas condições e de fazer com que a Assembleia Nacional vote em seus textos”, disse Bompard, alertando que se o executivo decidir forçar a situação impondo a lei por decreto, “teremos levado o autoritarismo um passo adiante”.
Também destacou que Macron “está encobrindo Gérald Darmanin e está pendurado por um fio, o de recorrer a medidas de força, (mas) este país não pode ser governado assim nos próximos anos”, acrescentou o parlamentar.
Todo o espectro parlamentar, desde a extrema direita até a coalizão de esquerda, votou esmagadoramente contra o projeto de lei, mas Bompard não viu razão para não fazê-lo. “Não ter votado (contra o projeto de lei) teria sido incompreensível, houve mais votos contra da esquerda do que da direita e da extrema direita”, argumentou.
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