“(…) Tornar-se-á o único país membro dos dois principais blocos de integração da América do Sul, como a Comunidade Andina e o Mercosul; na sua posição estratégica, no coração do continente(. ..) “, garantiu o vice-presidente.

Nos dias 6 e 7 de dezembro, a Cúpula do Mercosul será realizada no Rio de Janeiro, Brasil, onde já está presente o presidente Luis Arce, e a ele se juntarão a ministra das Relações Exteriores, Celinda Sosa e Blanco.

Segundo o vice-presidente, a expectativa é que nesta sessão do bloco econômico integracionista seja anunciado oficialmente o depósito do Protocolo de Adesão da Bolívia por parte do Brasil em Assunção, no Paraguai, conforme especificado naquele documento.

Em 29 de novembro, Arce agradeceu ao brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, por seus esforços para concluir a aprovação pelo Congresso da adesão plena do país do altiplano.

“O Plenário do Senado do #Brasil aprovou o Projeto de Decreto para a adesão plena da #Bolívia ao #Mercosul. Agradecemos os esforços do irmão presidente @LulaOficial e do povo brasileiro por este marco histórico na integração latino-americana”, disse o presidente em sua conta X (antigo Twitter).

O chefe de Estado acrescentou que os povos do sul estão empenhados na integração da região para enfrentar os desafios da “crise multidimensional” que ameaça a humanidade.

Antecipadamente, Lula agradeceu o Senado de seu país por aprovar a entrada da nação andino-amazônica e parabenizou a Bolívia por fazer parte desse bloco econômico.

Este foi o último passo necessário para a aprovação da Bolívia como membro pleno desta estrutura integracionista, requisito que Argentina, Paraguai e Uruguai já haviam cumprido.

A proposta (PDL 380/2023) tem como base o protocolo de adesão ao Tratado de Assunção, assinado pela Bolívia em 2015, em Brasília.

Até agora, o Estado Plurinacional tinha status de membro associado como Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.

Nestas circunstâncias, poderia estabelecer acordos de livre comércio com os membros e participar nas reuniões do bloco.

A Bolívia também é membro da CAN, juntamente com Peru, Colômbia e Equador, e fazer parte de ambos os blocos está em uma posição geograficamente estratégica para se tornar um ponto de convergência.

Segundo Blanco, a adesão do Estado Plurinacional ao Mercosul estabelece compromissos que o país deverá cumprir gradativamente ao longo de quatro anos.

oda/jpm/cm