18 de May de 2024
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Desfrutar 12 essências naturais de Cuba

Desfrutar 12 essências naturais de Cuba

Havana (Prensa Latina) Uma perfumaria na Havana Velha oferece o encanto de 12 essências naturais cubanas muito apreciadas pelos turistas, ao mesmo tempo que permite um maior conhecimento das tradições da ilha.

Por Roberto F. Campos

Da redação de Economia da Prensa Latina

Localizada no número 156 da Calle de los Mercaderes (esquina da Obrapía com a Mercaderes), a perfumaria Habana 1791 é um estabelecimento que já teve grandes escritórios com pisos de lajes de barro e grandes platôs de mármore. Lá eram vendidas água de rosas e colônias violetas.

Este é um dos projetos de restauração do Gabinete do Historiador de Havana. O estabelecimento teve vários proprietários e, ao longo da sua história, assumiu diversas funções, entre as quais cantina, farmácia e loja de ferragens, como recordam os seus funcionários.

Os cheiros dão conta das essências na hora de entender melhor o meio ambiente e para muitas pessoas tal atração se torna motivo de viagem, principalmente para os europeus.

Assim, a parte mais antiga da capital representa um espaço para compreender as tradições e uma cultura que se difunde de diversas formas, incluindo a música, a dança e a forma como as pessoas se expressam.

Portanto, os cheiros também acompanham essa compreensão do entorno e do modo de existir de uma indústria que tem uma história forte no país.

Os perfumes naturais são essências emitidas pela natureza, principalmente de plantas, flores, folhas e caules cujo conteúdo contém um elemento específico para perfumaria.

Os especialistas cubanos que trabalham há vários anos numa curiosa loja chamada Habana 1761 sabem muito sobre tais aspectos.

Para eles, nos países quentes gostam muito de coisas refrescantes, sejam as conhecidas colônias, mas são muitos e variados cheiros emanados de frutas cítricas (laranja, limão e lima) ou outros expelidos por flores como jasmim e violetas.

Essas emanações eram apreciadas nos pátios e varandas dos casarões coloniais.

Por isso, cada vez que um cliente chega às vitrines do Habana 1791, entra em contato com cheiros de 12 essências, 12 fragrâncias repetidas em muitas outras nações, embora com um selo particular de Cuba.

Estamos falando então de: Rosa, Violeta, Lilás, Jasmim, Lavanda, Sândalo, Vetiver, Tabaco, Flor de Laranjeira, Patchouli, Limão e Ilán-Ilán.

Esses odores predominam desde a época colonial, como confirma um estudo realizado pelos funcionários da loja com dados publicados em jornais de antigamente como El Fígaro.

Essências extraídas da maceração de plantas e sua combinação com óleos que ocupam um lugar importante – junto com a expertise dos perfumistas – no produto final.

A loja Habana 1791 deve o seu nome ao ano em que foi inaugurado o Palácio dos Capitães Generais, a residência mais importante do momento, dos séculos XVI a XIX, como uma homenagem à sensibilidade humana no Caribe e, podemos afirmar, na América.

Estas 12 essências estão registadas há anos em favor do Gabinete do Historiador da Cidade de Havana, para garantir a sua origem e são as mais solicitadas pelos turistas que visitam o estabelecimento.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Graças aos sentidos, o ser humano comunica-se e nisso o olfato desempenha um papel importante, por isso os perfumes estão entre os produtos relevantes em termos de relações sociais.

Por outro lado, o olfato é rápido em conexões e emoções que impactam e criam uma imagem pessoal exclusiva.

Em todo caso, o perfume existe desde a origem do olfato. Dizem que os aborígenes do Caribe tinham grande preocupação com seus odores e esfregavam algumas plantas no corpo para terem uma melhor presença diante das outras, acompanhadas de uma preocupação especial com a limpeza.

Com cerca de cinco mil anos, há referências ao incenso como oferenda aos deuses, e por isso as primeiras fragrâncias têm uma ligação religiosa e purificadora para a alma humana.

Os rituais no antigo Egito, Grécia e Roma usavam especiarias como o sândalo. As fragrâncias passaram do Oriente para o Egito onde quem tinha água despejava-a nos banhos e ao sair untava-se com diversos óleos para atrair os deuses.

Também foram tidos em conta elementos curativos, como é o caso de referências da Grécia e de Hipócrates, ao utilizar pequenas quantidades para combater doenças e aproveitar as capacidades benéficas das plantas, quando desde então é conhecida como Aromaterapia.

A civilização árabe desempenhou um papel importante na perfumaria ao experimentar novas preparações com o desenvolvimento da alquimia, extraindo a quintessência das plantas.

Porém, aproximadamente no ano 1200 é quando ocorre o evento mais significativo da perfumaria que conhecemos hoje, pois o rei Filipe II concede o direito de venda de fragrâncias e reconhece a profissão de perfumista.

Portanto, Cuba não está imune a este desenvolvimento de acontecimentos, daí os aromas de Havana terem um espaço significativo no conhecimento e, claro, no turismo.

arc/rfc/hb

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