Não podemos repetir os erros do passado, disse Alberto Figueiredo, que falava na Cimeira do G77, que decorre no Palácio das Convenções da capital, sob o tema Desafios actuais do desenvolvimento: o papel da ciência, da tecnologia e da inovação, e apelou ao G77 para que defina as suas responsabilidades para que tal não volte a acontecer.
Os avanços científicos e tecnológicos são uma forma obrigatória de olhar para o futuro com otimismo”, sublinhou e apontou a necessidade de reforçar os mecanismos de cooperação Sul-Sul, porque as diferenças que dominam o mundo exigem respostas globais.
A mesma tecnologia que marcou o progresso e globalizou o mundo não é uma solução mágica ou automática; exige um trabalho profundo de investigação séria e duradoura sobre o nosso futuro comum, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional de Cabo Verde.
Tempos marcados por profundos problemas de saúde, segurança e paz exigem respostas rápidas, inteligentes e eficazes dos nossos países, exclamou Figueiredo.
O Ministro salientou que o tema escolhido para esta Cimeira não podia ser mais oportuno, porque os desafios do desenvolvimento estão intimamente ligados à ciência, à tecnologia e à inovação.
Neste sentido, disse que todos os nossos países são chamados a investir cada vez mais nestas áreas de ponta para beneficiar as novas gerações, pois, segundo ele, a educação e a formação dos jovens é fundamental para o progresso das nossas nações.
Os avanços e as descobertas científicas e tecnológicas devem ser postos ao serviço de todos e não contribuir para a criação de novas categorias de excluídos, afirmou.
Espero que os compromissos assumidos em Havana contribuam para a redução do fosso tecnológico e científico entre o Norte e o Sul”, concluiu Figueiredo.
Cuba assumiu a presidência pro tempore do grupo em janeiro passado, a primeira vez que o país das Caraíbas lidera este mecanismo, e nessa qualidade convocou esta cimeira.
O G77 e a China é o agrupamento mais diversificado na esfera multilateral, com 134 Estados membros que representam dois terços dos membros das Nações Unidas e 80 porcento da população mundial.
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