Essas práticas são agora mais importantes do que nunca, em um momento em que 11 crianças morrem a cada hora de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), portanto, encontrá-las e oferecer tratamento é vital, de acordo com o último relatório do UNAIDS.
Cerca de 1,7 milhão de crianças em todo o mundo vivem com o vírus que causa a doença e são particularmente vulneráveis, de acordo com Stuart Kean, autor do Compêndio de Práticas Promissoras sobre o papel das intervenções comunitárias religiosas africanas para acabar com o HIV em crianças e adolescentes, co-publicado pelas Nações Unidas.
O documento inclui 41 ações focadas no papel fundamental das comunidades de fé na identificação de menores não diagnosticados vivendo com HIV, melhorando a continuidade do tratamento, apoiando adolescentes no acesso a apoio psicossocial, cuidado e tratamento e capacitando grupos de apoio.
De acordo com Jacek Tyszko, Conselheiro Sênior do Programa UNAIDS, desde que um novo modelo de alcance comunitário foi implementado na capital da Zâmbia, Lusaka, em 2018, os líderes religiosos ajudaram a alcançar 60.000 pessoas em todo o país que não estavam recebendo tratamento antirretroviral.
Agora, esses imãs, pastores e padres desempenham um papel fundamental para garantir que ninguém seja deixado para trás na tentativa global de livrar o mundo do HIV/AIDS.
Na Nigéria, de abril de 2018 a março de 2019, 22.197 crianças menores de 15 anos foram encaminhadas para teste de HIV, 21.142 delas foram testadas e 106 novas crianças com HIV foram identificadas e encaminhadas para tratamento.
Apesar desses resultados, Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS, e John Nkengasong, coordenador global da síndrome nos Estados Unidos, concordam que a resposta global à doença é “insuficiente”.
“O trabalho das comunidades de fé para enfrentar o desafio do HIV em crianças tem sido muito eficaz”, escreveram eles.
No entanto, o trabalho de doação de organizações religiosas também lembrou ao mundo uma lição mais profunda: para realmente abraçar os mais vulneráveis e excluídos, cuidado, compaixão e amor são essenciais, acrescentaram.
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