A Chancelaria rejeitou os relatórios que explicam a relação comercial muito desequilibrada entre as duas partes devido às supostas barreiras que Beijing impõe às exportações do bloco.
A China nunca buscou deliberadamente um superávit comercial, ele existe sob a influência combinada de diferentes estruturas industriais, especialização, formas de comércio e fatores externos, afirmou o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
De acordo com o texto, durante anos a maioria das empresas da UE na China se beneficiou do comércio bilateral e optou por operar e expandir negócios aqui.
“As restrições da UE à exportação de produtos de alta tecnologia para a China nos últimos anos limitaram diretamente sua capacidade de explorar o potencial de exportação para a China e levaram a um comércio desequilibrado entre as duas partes”, acrescenta.
A Chancelaria instou o bloco europeu a suspender os controles de exportação contra o gigante asiático se realmente quiser resolver esse problema.
Sobre o assunto, a Administração Geral das Alfândegas do país asiático informou hoje que Beijing aumentou seu comércio exterior com os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático e do Cinturão e Rota, enquanto diminuiu com os Estados Unidos e a União Européia.
O comércio do gigante asiático com os Estados Unidos caiu 9,6% ano a ano nos primeiros sete meses e com a União Europeia caiu 0,1% em relação ao ano anterior.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, defendeu recentemente o aumento dos diálogos institucionais com o bloco e a busca de sinergias entre os planos de desenvolvimento de ambas as partes para promover a parceria estratégica abrangente.
O chefe da diplomacia chinesa deu as boas-vindas ao Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, para chefiar uma delegação que visitará o gigante asiático nos próximos meses.
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