O evento, no qual o diplomata chinês Qu Dongyu foi reeleito para mais quatro anos como diretor geral, reuniu mais de 120 ministros da agricultura e outras altas personalidades dos 194 países membros da organização, que debateram diversos assuntos, tendo como tema central a gestão dos recursos hídricos.
As decisões da conferência dão um forte sinal político para o mundo, disse Qu em seu discurso de encerramento.
Ele acrescentou que “continuaremos a trabalhar arduamente para obter mais e melhores resultados e, para isso, desempenharei meu papel como chefe da organização de maneira neutra, profissional e honesta”.
A conferência decidiu aumentar as contribuições da FAO em 5,6 porcento para cobrir os aumentos de custos, o primeiro aumento orçamentário em 12 anos.
Os delegados também aprovaram o Plano de Médio Prazo, de 2022 a 2025, bem como o Programa de Trabalho e Orçamento para os próximos dois anos, “além dos níveis operacionais do Quadro Estratégico da FAO e sua narrativa estratégica em apoio à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, disse um comunicado.
Essa tarefa, disse o diretor-geral, inclui ações destinadas a “transformar os sistemas agroalimentares para torná-los mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis”.
A gestão integrada da água, que esteve no centro das discussões, avaliou como enfrentar os desafios em um mundo onde mais de três bilhões de pessoas vivem em áreas agrícolas com altos níveis de escassez de água.
O relatório final da conferência reconheceu que as questões relacionadas à água são grandes desafios para muitos países, e as discussões enfatizaram que a gestão da água deve ser integrada em todos os níveis, com melhor governança.
Isso garantirá um gerenciamento eficiente e sustentável, com alocação e uso equitativos, concluíram os delegados.
Os esforços da FAO, de acordo com Qu, têm como objetivo alcançar “melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e uma vida melhor, sem deixar ninguém para trás, o que exige a recuperação de pandemias e conflitos, bem como a reforma do nosso sistema, pois precisamos de um renascimento da FAO para um futuro melhor”.
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