A equipe de pesquisadores da Universidade de Nagoya e do Instituto Nacional de Pesquisa Polar do Japão também demonstrou que a quantidade de partículas formadoras de cristais de gelo provenientes da poeira de todo o mundo na baixa troposfera do Ártico durante o verão e o outono aumentou em mais de 100 vezes.
Acredita-se que a formação de cristais de gelo em nuvens baixas afete o clima, pois pode fazer com que as partículas de gelo cresçam às custas de gotículas líquidas e depois caiam como precipitação, resultando em menor refletância da luz solar e em uma vida útil mais curta para as nuvens.
Considerando que a distribuição e a duração das nuvens baixas afetam o clima, nossa descoberta poderia ajudar a melhorar as previsões de mudanças climáticas no Ártico”, disse o Dr. Kei Kawai, primeiro autor do estudo.
De acordo com especialistas, a poeira é composta de partículas minerais muito pequenas de solo ou areia e atua como um núcleo para a formação de cristais de gelo nas nuvens.
Esperamos que essa descoberta também nos ajude a entender o que está acontecendo com relação ao aquecimento do Ártico e a projetar com mais precisão as futuras mudanças climáticas na região”, disse Kawai.
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