5 de May de 2024
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Assim Prensa Latina enfrentou suas primeiras décadas de vida

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Assim Prensa Latina enfrentou suas primeiras décadas de vida

Havana (Prensa Latina) Depois de sobreviver com sucesso seus primeiros 12 meses, Prensa Latina dedicou as décadas de 1960 e 1970 a ampliar seu raio de ação para competir com as grandes agências internacionais, em meio ao assédio e perseguição de seus correspondentes.

Por Jorge Luna

Jornalista da Prensa Latina

Em pleno desenvolvimento profissional e técnico, abriu mais de 20 escritórios no exterior e organizou um importante grupo de colaboradores, principalmente na América Latina, ampliando assim sua clientela jornalística.

A jovem agência avançou na consolidação de suas comunicações desde Havana e nesse período contava com 12 circuitos internacionais e dois nacionais que transmitiam 3.000 despachos diários aos países socialistas da época e vários na América Latina, Oriente Médio, África, Ásia e Europa.

No entanto, também encontrou grandes impedimentos apresentados pelos Estados Unidos e seus aliados, como a prisão e expulsão de vários de seus correspondentes e o fechamento de alguns de seus escritórios.

No início de 1960, John O´Rourke, diretor do Washington Daily News -ligado ao Scripps-Howard e à UPI- instou 50 diretores de jornais latino-americanos a silenciar informações da Prensa Latina, que Jorge Ricardo Masetti, primeiro diretor da agência, rejeitou em carta aos mesmos jornalistas.

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) convocou seus membros -proprietários de grandes meios de comunicação da região- a não reconhecer Prensa Latina e impedir seu funcionamento.

Nesse mesmo ano, vários governos latino-americanos, por iniciativa da OEA, romperam relações diplomáticas com Cuba. Filiais de Prensa Latina na Guatemala, Argentina e Peru foram fechadas, entre outras, em alguns casos com batidas e violência contra seus correspondentes. De tal forma que seus escritórios correspondentes na região foram reduzidos para 10.

Em 1962, no auge da Guerra Fria, um grupo armado assalta a sede da Prensa Latina em Nova York, agredindo os funcionários e destruindo a sede do correspondente.

Pouco antes, o jornalista cubano Francisco V. Portela, correspondente-chefe, foi julgado pela lei McCarran, um atentado à liberdade de expressão.

Em 1969, o governo dos Estados Unidos revogou a licença da Prensa Latina para operar naquele país e limitou a cobertura dos jornalistas da agência latino-americana aos eventos da ONU.

Em 1979, a Prensa Latina assinou um acordo para troca de serviços de notícias com a AP, apesar do qual a presença de correspondentes de Prensa Latina em território estadunidense tem sido constantemente impedida por Washington.

Em circunstâncias ainda não esclarecidas, o jornalista chileno e colaborador da Prensa Latina, Elmo Catalán Avilés, foi assassinado junto com sua esposa na Bolívia.

Os correspondentes da Prensa Latina em Montevidéu, Uruguai, que conseguiram entrevistar o embaixador britânico Geoffrey Jackson, na clandestina “Prisão do Povo” do Movimento de Libertação Nacional Tupamaros, foram presos e, pouco depois, o regime fechou o escritório do correspondente.

Em 1972, o jornalista uruguaio Luis Martirena e sua esposa Ivette Jiménez foram assassinados pela polícia. Martirena foi correspondente da Prensa Latina em Montevidéu de 1965 a 1970 e diretora do correspondente de Havana de dezembro de 1970 até meados de 1971.

Também em 1972, o regime militar boliviano fechou a correspondente da Prensa Latina em La Paz. Nesse mesmo ano, os correspondentes da agência foram detidos em Quito, no Equador, e mantidos incomunicáveis por vários dias, até serem expulsos sem motivo.

No Chile, no início do processo liderado pelo presidente Salvador Allende, a Primeira Conferência Nacional de Jornalistas de Esquerda denunciou uma campanha internacional de intrigas e calúnias contra o governo popular e reconheceu a Prensa Latina entre as agências de notícias que contribuíram para enfrentar essa agressão.

O escritório da Prensa Latina em Santiago do Chile funcionou durante os três anos da Unidade Popular e foi invadido pelos militares no mesmo dia (11 de setembro de 1973) em que o Palácio de La Moneda foi assaltado e bombardeado. Seus correspondentes foram presos e expulsos do país.

Anos depois, alguns escritórios fechados naquele período, como os da Argentina, Colômbia e Venezuela, começaram a ser reabertos.

Em 1964, Prensa Latina abriu seu primeiro escritório em Moscou, União Soviética, e no ano seguinte inaugurou outro em Hanói, República Democrática do Vietnã, seu primeiro correspondente na Ásia.

Em 1967, abriu a primeira no Oriente Médio, no Cairo, no Egito, seguida de Beirute, no Líbano (1970). Também na Europa: Madri, na Espanha, e Lisboa, em Portugal. No final de 1974, contava com 26 filiais nos cinco continentes.

A partir de 1976, Prensa Latina dedicou-se integralmente ao apoio ao Movimento dos Países Não-Alinhados (Mnoal), e também promoveu o pool de Agências de Notícias dos Países Não-Alinhados, que chegou a presidir. Sob o impulso do Mnoal, a agência ampliou suas relações e acordos de colaboração com as agências de notícias sírias SANA, iraquiana INA, palestina WAFA e indiana PTI, além da Montsame, da Mongólia, e BSS, de Bangladesh, entre outras.

Em meados da década de 1970, abriu escritórios pela primeira vez no Caribe de língua inglesa: em Kingston, Jamaica, e mais tarde em Georgetown, Guiana e Saint George ‘s, em Granada.

Em 1976, abriu oficialmente a sua sucursal em Luanda, Angola, e outra em Colombo, Sri Lanka, e, em 1978, a de Adis Abeba, na Etiópia.

Nesses primeiros 20 anos de intensos processos políticos e conflitos armados, com altos e baixos, a agência conseguiu manter sua presença na região e, em 1979, após o triunfo da Revolução Sandinista, abriu seu escritório em Manágua, na Nicarágua.

arc/jl/hb

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