Tanto na Assembleia Nacional, onde se iniciou na segunda-feira o debate sobre o orçamento estimado em 413 mil milhões de euros, como na imprensa local, o deputado defendeu uma autonomia real para Paris e o seu compromisso com o desarmamento nuclear.
A destinação de 413 bilhões é um assunto muito sério, e os comunistas apresentaram moção para rejeitá-la, pela simples e boa razão de que exigimos um debate com a sociedade, alertou.
Roussel criticou que a proposta de Lei de Programação Militar procura dedicar 69 mil milhões de euros por ano à esfera militar, mais do que à educação, mas sobretudo criticou a concepção de uma estratégia ao serviço da OTAN.
Os franceses devem saber disso, insistiu sobre o projeto que a Assembleia analisará por duas semanas.
Para o líder, a verdadeira autonomia da França em matéria de defesa passa pela saída do Comando Integrado da Otan, ao qual ingressou em 2009 por decisão do então presidente Nicolas Sarkozy.
Sobre a questão da dissuasão nuclear, para a qual são destinados recursos consideráveis na iniciativa, ele cobrou do multilateralismo a participação do país no desarmamento nuclear.
Em particular, solicitou a participação da França no Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, em vigor desde 2021, instrumento internacional que não inclui entre seus Estados Partes os possuidores dos artefatos letais ou os membros da OTAN.
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