Na sede da JCE, o seu presidente, Román Andrés Jáquez, e a Procuradora-Geral da República, Miriam Germán Brito, assinaram o acordo interinstitucional.
O acordo estabelece que o órgão de registo civil e eleitoral fornecerá equipamento para o registo e utilização do sistema biométrico “nos processos de consulta e identificação de pessoas e pessoas privadas de liberdade”.
Sobre este acordo, o presidente do JCE considerou-o um passo histórico em termos de direitos, que devem ser garantidos de forma efectiva.
Jáquez sublinhou a importância da utilização da biometria para a verificação da identidade, porque permitirá às pessoas privadas de liberdade em prisão preventiva exercerem o seu direito de voto nas eleições do próximo ano.
Além disso, considera que será possível purgar o sistema prisional e excluir os tribunais de forma definitiva e irrevogável.
Na mesma linha, Brito salientou que o acordo reconhece direitos consagrados na Constituição a favor das pessoas que não podem votar por não estarem recenseadas e não terem forma de registar os seus antecedentes.
Para o acesso à informação, tanto o JCE como o PG comprometeram-se a desenvolver uma interface de consulta para que o órgão judicial possa aceder online ao ficheiro principal das células de identificação.
Por sua vez, o Ministério Público comprometeu-se a disponibilizar pessoal e meios tecnológicos e logísticos para a leitura, registo e tratamento da informação biométrica.
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