20 de May de 2024
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Nicarágua prioriza energia limpa

Nicarágua prioriza energia limpa

Manágua (Prensa Latina) A chegada ao poder da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) na Nicarágua em 2007 mudou completamente a situação de milhares de pessoas sem eletricidade.

Por Yosbel Bullaín

Correspondente-chefe da Prensa Latina na Nicarágua

Liderado pelo presidente Daniel Ortega e pela vice-presidente Rosario Murillo, o governo encomendou a expansão da cobertura nacional de energia que, até 2006, cobria apenas 54% das residências do país centro-americano. Para o Ministro de Energia e Minas da Nicarágua, Salvador Mansell, foi oportuno e preciso considerar a eletrificação um direito humano.

“Todo desenvolvimento social e econômico requer um avanço inicial no setor de energia porque é a plataforma que permite a instalação de várias infraestruturas, como bombeamento de água, hospitais e indústrias”, disse Mansell em entrevista exclusiva à Prensa Latina.

A Nicarágua iniciou o processo de expansão da cobertura de eletricidade priorizando o uso de fontes renováveis para se tornar um dos poucos países da região a mudar sua matriz energética nos últimos 16 anos.

POTENCIAL RENOVÁVEL

De acordo com Mansell, eles trabalharam nos programas de forma ordenada com um estudo de todos os recursos naturais do país.

“Queríamos apoiar nosso plano indicativo com estudos garantidos da bacia do rio Matagalpa para projetos hidrelétricos; além disso, estamos estudando a parte geotérmica, que é a mais cara, e estudos eólicos para ver o potencial eólico”, disse ele.

O diretor executivo da Empresa Nacional de Transmissão de Eletricidade (Enatrel) também destacou que a energia eólica, pela primeira vez na história do país, está sendo instalada pelo governo, assim como aconteceu na década de 1980, quando a energia geotérmica foi lançada.

Lembrou que, entre 2008 e 2009, as primeiras usinas eólicas foram instaladas em áreas do departamento de Rivas, com grande potencial devido às planícies da região.

“Só de olhar para esse progresso significativo de 2007 até hoje, nosso plano indicativo é totalmente apoiado por usinas renováveis”, disse ele.

Assim, até 2035, a Nicarágua tem um plano de fontes renováveis que inclui energia solar, hidrelétrica, geotérmica e biomassa.

De acordo com o funcionário do governo, o uso de energia limpa em 2006 era de cerca de 26%, mas desde 2021 atingiu mais de 70% com fontes renováveis, e “no primeiro trimestre deste ano temos quase 80%”, disse ele.

Nessa linha, Mansell destacou a estratégia de usar a geração térmica, que é gerenciada como um complemento no caso de haver um problema de falta de sol, vento e água.

“A demanda de pico do nosso país está próxima de 800 megawatts, mas na geração renovável temos quase a mesma quantidade que na geração térmica”, explicou.

Referindo-se à contribuição de cada usina para o sistema, ele destacou que a energia geotérmica e a eólica são quase semelhantes, acima de 20 e 22%, enquanto as demais estão próximas de 15 e 17%.

COMO ESTÁ PROGREDINDO A COBERTURA DE ELETRICIDADE? O ministro informou que a cobertura de eletricidade na Nicarágua começou gradualmente desde 2007 e que o país atualmente tem 99,29% e espera encerrar este ano com 99,4% de eletrificação em todo o país.

“Estamos preparando um plano de sustentabilidade, o que significa que não estamos apenas atingindo as residências que encontramos sem energia, mas estamos monitorando e acompanhando mais residências e, dessa forma, estamos avançando”, disse ele.

A esse respeito, ele mencionou a necessidade de aumentar o sistema de interconexão nacional, que foi levado a todo o território por meio do fortalecimento do fornecimento de energia a cada comunidade.

Lembrou que, em 2006, houve apagões programados de 14 horas por dia devido à falta de geração de eletricidade, pois a capacidade instalada (750 megawatts) não era suficiente para atender à demanda do país.

Destacou o apoio do Banco Centro-Americano de Integração Econômica para o trabalho de reabilitação da rede, para o qual há um fundo de aproximadamente 140 milhões de dólares.

“Para a primeira metade do ano, destinamos aproximadamente US$ 46 milhões para a eletrificação e reabilitação das redes existentes e para o crescimento em mais comunidades, enquanto que para a segunda metade do ano, temos US$ 54 milhões”, disse ele.

De acordo com o Ministro de Energia e Minas, nesse país da América Central, as redes de eletricidade (distribuição) aumentaram significativamente nos últimos 15 anos, e atualmente existem cerca de 25.000 quilômetros.

“As redes de transmissão tinham apenas 1.600 quilômetros, hoje temos cerca de 30.000 quilômetros para o fornecimento de energia em nível nacional”, disse ele.

O compromisso do governo sandinista com o desenvolvimento da nação e sua luta para eliminar a pobreza possibilitou que mais de três milhões de pessoas se beneficiassem dos serviços de eletricidade de 2007 até hoje.

De acordo com as autoridades, desde o início do processo de eletrificação, o compromisso de entregar uma ou duas comunidades diariamente foi cumprido graças ao planejamento de recursos.

Uma das ações de destaque nesse processo é a instalação de fibra óptica no sistema nacional de torres de transmissão, uma iniciativa que, juntamente com a eletricidade, fornece às comunidades uma conexão à Internet que beneficia hospitais e a produção.

arco/ybv/bm

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