Em mensagem à Reunião Ministerial sobre os Balcãs Ocidentais, publicada no site oficial da Presidência do Conselho de Ministros,a mandatária reafirmou que a melhor forma de estabilizar plenamente aquela região é ancorá-la definitivamente à família europeia.
Em 1999, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) atacou a então Iugoslávia, nos Balcãs Ocidentais, com intensos bombardeios aéreos de 24 de março a 11 de junho, numa operação militar unilateral, sem autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Esta intervenção bélica contribuiu, segundo observadores, para um processo de desintegração e para os problemas atuais daquela região dividida, entre os quais o conflito entre a Sérvia e o Kosovo, território que Belgrado considera uma província autônoma enquanto alguns países, entre os quais a Itália, o vêem como independente.
“A integração europeia dos Balcãs Ocidentais é um investimento estratégico na própria segurança da Europa e na estabilidade da zona, ainda mais no atual contexto internacional e face à crescente exposição a ameaças híbridas e cibernéticas”, afirmou a chefe de Governo.
“Em 2022 atingimos marcos históricos, pois a Itália apoiou fortemente a abertura das negociações de adesão com a Albânia e a Macedônia do Norte e a decisão do Conselho Europeu de reconhecer a Bósnia e Herzegovina como candidata”, afirmou, acrescentando que o objetivo é “avançar com ímpeto, usando todos os incentivos disponíveis”.
Por seu turno, o ministro dos Assuntos Exteriores, Antonio Tajani, também destacou em declarações à imprensa durante aquele evento, que concluiu na segunda-feira, “a disponibilidade da Itália para representar a Europa no tratamento dos pedidos de adesão dos países dos Balcãs à União”.
Sobre esta matéria, segundo o ministro, “tem havido atrasos da Europa”, pelo que “temos de recuperar o tempo perdido”, e nesse sentido anunciou que no final de 2023 o seu país vai organizar um novo fórum” para fazer um balanço da situação, para ver quanto progresso foi feito por ambas as partes”.
O conclave contou com a presença do Comissário Europeu para a Vizinhança e Ampliação, Oliver Varhelyi; bem como Tobias Billström, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, a nação na presidência rotativa do Conselho Europeu; além dos Ministros das Relações Exteriores da Albânia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Kosovo.
No âmbito das atividades previstas no âmbito deste encontro, realiza-se até terça-feira uma conferência subordinada ao tema Nova visão para os Balcãs Ocidentais, para avaliar as perspectivas econômicas e políticas da região e analisar as iniciativas de cooperação entre os países que a integram e a UE.
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