Na reunião, co-presidida pelo vice-primeiro-ministro e ministro do Interior e Ordem Pública daquele país africano, Soares Sambú, o diplomata afirmou que o eixo central da cooperação deve ser sul-sul e entre a África e a América Latina unidas, para traçar “um caminho de cooperação e complementaridade”.
Afirmou que é necessário seguir o caminho traçado no Fórum Birregional América do Sul-África, e considerou como uma dívida pendente a realização da IV Cimeira entre estas duas regiões. Gil apelou ainda a dar um maior impulso
a iniciativas como o diálogo entre a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, bem como a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a União Africana em que o mundo vive hoje, com a ascensão de novos polos de poder opostos à dinâmica unipolar dos Estados Unidos e seus satélites europeus, é preciso mostrar que o Sul pode construir um outro mundo mais igualitário e humano.
Sustentado, disse, na cooperação, solidariedade e complementaridade, bem como nos princípios da Carta das Nações Unidas.
Referindo-se à Comissão Mista, Gil apelou a que seja um passo para estabelecer os andaimes e os compromissos que dêem resultados concretos em benefício dos povos venezuelano e guineense.
Reconheceu que, nas piores circunstâncias da aplicação ilegal de medidas coercitivas unilaterais contra a Venezuela, receberam apoio e solidariedade do “povo irmão” da Guiné-Bissau, bem como a reafirmação da luta contra o neocolonialismo.
Sambú, por Por seu lado, destacou a vontade de Caracas e Bissau de avançar nos acordos já assinados e assinar outros durante a celebração deste encontro.
Afirmou que seu país tem vontade política de se aproximar da República Bolivariana e “unir-se nas potencialidades” que estão por trás dela.
Estes factores têm de ser explorados sem demora, disse, sobretudo quando existem vários acordos já assinados, disse.
A República Bolivariana e Guiné-Bissau estabeleceram relações diplomáticas em 6 de abril de 2006 e desde então os laços aumentaram exponencialmente com a assinatura de 22 instrumentos políticos, referentes à assinatura de acordos e trocas de visitas de alto nível.
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