Zayas disse que o Paraguai não é estranho a esta situação e que para enfrentá-la será necessário um alto nível de educação em todos os níveis da sociedade, informou o jornal Hoy.
Ela considerou que nesta nação sul-americana o problema é acentuado por conceitos e práticas machistas presentes na comunidade como um todo e replicados pelas famílias.
O especialista apontou que a concepção errônea da mulher como “propriedade” determina a atitude machista de muitos homens, que sentem que têm o direito de maltratar seus parceiros.
É evidente a supremacia de tudo o que é masculino e a subordinação das mulheres; este sentimento de propriedade e desigualdade, que é contrário à Constituição Nacional”, disse ela.
O Paraguai registrou 47 feminicídios em 2022 e alguns deles foram consumados por negligência nos mecanismos de proteção às vítimas, de acordo com o Centro Nacional de Documentação e Estudos.
A diretora desta organização dedicada à pesquisa e educação, Myriam Angélica González, declarou recentemente que o número médio de assassinatos de meninas e mulheres relacionados ao gênero permaneceu em 50 casos por ano por quase uma década.
Segundo a ABC Color, González atribuiu estes números a falhas nos sistemas de apoio às mulheres, a maioria das quais, de acordo com a ABC Color, morreu violentamente depois de fazer repetidas reclamações.
O Estado é diretamente responsável por não agir ou evitar esses crimes a tempo”, disse ela, acrescentando que 90% desses crimes ocorreram dentro da família ou no relacionamento de um casal.
Ela disse que o governo deveria promover a igualdade de direitos para homens e mulheres, conforme estabelecido pela lei paraguaia.
jcm/mpv/glmv