4 de May de 2024
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Sem solução para crise no Peru após mortes e duro discurso oficial

Sem solução para crise no Peru após mortes e duro discurso oficial

Lima, 10 jan (Prensa Latina) Tensão e incerteza marcam hoje um novo dia de crise no Peru, após 45 mortes acumuladas em um mês e um dia sangrento ao qual o governo respondeu com um discurso criticado como conflituoso.

Neste difícil contexto, aliás, esta tarde o gabinete ministerial comparecerá perante o Congresso, para apresentar os seus planos e pedir a ratificação da confiança do plenário, onde tudo indica que o primeiro-ministro, Alberto Otárola, deverá dar explicações sobre as 17 mortes ontem na cidade andina de Juliaca.

Otárola comandava uma mensagem na televisão ontem à noite, junto com um grupo de ministros, quando se acreditava que a presidente Dina Boluarte assumiria essa tarefa.

O deputado da oposição Flavio Cruz comentou que a ausência da presidente foi muito significativa, sugeriu que poderia mostrar que não é ela quem governa e qualificou de autoritário o tom do discurso lido quase em voz alta pelo primeiro-ministro.

Este último atribuiu os trágicos acontecimentos da véspera a um ataque massivo e organizado contra a polícia, com explosivos e armas caseiras, e sustentou que “as mortes expressam a responsabilidade direta dos que querem dar o golpe”.

Otárola culpou o governo anterior por incitar as marchas e protestos no Peru que deixaram 75 policiais feridos até agora.

Sem fazer nenhuma autocrítica ou assumir responsabilidades, deu a entender que o ex-presidente preso Pedro Castillo estaria “coordenando indevidamente essas mobilizações” para buscar a impunidade.

“Aqueles valentões e violadores que não conseguiram enervar o Estado peruano e quebrar a democracia e que quiseram derrubar as instituições públicas durante o golpe que começou em 7 de dezembro do ano passado, nesta segunda convocação deram um passo além e tentaram subverter os princípios constitucionais ordem”, afirmou Otárola.

Ele se referiu às mobilizações desencadeadas depois daquele dia em que Castillo foi demitido e preso por tentar dissolver o Parlamento da oposição.

Essas ações deixaram um rastro de 22 manifestantes mortos e seis em acidentes em situações decorrentes dos protestos, aos quais se somaram as 17 mortes de ontem, totalizando 45, segundo contagem da Ouvidoria.

Acrescentou que o governo não permitirá o golpe contra Lima, já que convocou as marchas à capital planejadas pelos moradores de Puno, região onde fica Juliaca e em cuja capital na noite passada houve incêndios e saques.

O primeiro-ministro assegurou ainda que as forças governamentais vão restabelecer a ordem em Puno, para onde se desloca hoje uma missão governamental em busca de diálogo e trazendo medicamentos para o atendimento dos feridos, mais de 40 civis, entre um menor e um médico baleado quando ele ajudou os feridos nas ruas.

lam/sra/ls

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