“Nas semanas em que chegamos com essas variantes, que são quatro, o número de casos está aumentando muito”, disse o diretor nacional de Epidemiologia, Freddy Armijo, que estimou o aumento de casos notificados em 203% no últimos sete dias. O epidemiologista insistiu, em declarações ao jornal La Razón, que o aumento continua e desde 7 de dezembro a tendência é de mais de mil infectados todos os dias.
Ele considerou que aparentemente as novas subvariantes do coronavírus SARS-CoV-2 parecem ser responsáveis pelo que chamou de sexto surto que o país serrano enfrenta nos quase três anos de presença da pandemia.
“Estamos entrando em uma nova onda, porque duas novas subvariantes foram detectadas no país, BQ.1 e BQ.1.1, que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) são classificadas como variantes de pesquisa”, expressou.
Ele alertou que estes são entre 20 e 30% mais contagiosos do que os identificados durante a quinta onda.
Ele informou que, por enquanto, as amostras colhidas nos departamentos de Santa Cruz e La Paz deram positivo para essas novas subvariantes, embora tenha destacado que mais estudos estão sendo realizados porque sua presença em outras regiões do país não está descartada.
Armijo reiterou que é importante retomar as medidas de biossegurança relaxadas durante a desaceleração da quinta onda e recorrer à vacinação como a forma mais segura de enfrentar o novo surto.
Ele descreveu que, por enquanto, a ascensão da doença está apenas começando a acelerar, e que o pico é esperado dentro de um mês, com comportamento semelhante ao observado durante a quinta onda.
As estatísticas da pasta da Saúde indicam que no seu auge a quinta vaga somou 204 mil infeções e a taxa de letalidade foi a mais baixa desde o início da doença com apenas 0,1%.
De acordo com as previsões epidemiológicas na Bolívia, espera-se que durante a sexta onda o comportamento seja semelhante, ao contrário da quarta quando os casos positivos chegaram a 406 mil.
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