14 de May de 2024
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326 anos do primeiro bombeiro cubano

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326 anos do primeiro bombeiro cubano

Havana (Prensa Latina) 326 anos se passaram desde que o primeiro bombeiro surgiu em Cuba, na antiga província de Las Villas, em 13 de novembro de 1696; moradores de Santa Clara, a então capital e próspera cidade daquele território, organizaram esse serviço que eles mesmos inauguraram.

Por Nelson Domínguez Morera

Coronel (r) que ocupou responsabilidades de direção na Segurança do Estado

Nesta comemoração há um grande ausente, que foi um dos pioneiros em dar a esta celebração um caráter nacional e transcendente, o Bombeiro Major, Coronel Bienvenido Rafoso Bartolomé, falecido em 26 de agosto de 2016.

Lembro-me que desde 2000, quando eu era responsável pela Divulgação Nacional do Ministério do Interior (Minint), ele era Benny – como o chamávamos não só por causa de seus acréscimos ao lajero, figura emblemática do nosso música, mas também pelas suas aptidões para o espetáculo dançante como bom retinto- que entre os chefes de Direção insistiu em dar publicidade a todas as comemorações não só desse dia, mas também as do mês de Maio pelo aniversário da catástrofe da loja de ferragens Isasi.

Esse fatídico acontecimento ocorreu na noite de sábado, 17 de maio de 1890, quando ali ocorreu um incêndio, considerado a maior catástrofe da época. O desconhecimento dos volumes e quantidades de substâncias acumuladas no local e a recusa do proprietário em fornecer as informações precisas, fizeram com que ocorressem várias explosões na tentativa de reprimir o incidente.

Dezessete bombeiros do Comércio, oito municipais, um da Marinha, quatro policiais e oito cidadãos que estavam como espectadores perderam a vida, além disso, houve um grande número de feridos.

Uma das maiores manifestações de luto registradas naqueles anos foi o enterro das vítimas. Sete anos depois, foi inaugurado o Mausoléu em memória dos bombeiros no Cemitério Colón, que é o panteão mais alto da necrópole e que hoje representa a cripta de todos os combatentes do Minint.

Lá também repousam os restos épicos do Coronel que por mais tempo, 20 e tantos anos ininterruptos, manteve a direção daquele corpo.

Todo dia 17 de maio, duas peregrinações acontecem em Havana: uma à esquina de Mercaderes e Lamparilla; e a outra, ao Cemitério de Colón.

A Rafoso também nunca faltou a organização de cada uma daquelas datas memoráveis, sinal do seu incomparável espírito de corpo com aqueles combatentes do Minint a quem, não por prazer, conseguiu recomendar um assento reconhecido, quase ao mesmo nível entre outras importantes diretorias do Ministério do Interior.

Em 2001 propusemos dedicar a esses homens abnegados um seriado no horário nobre da novela da televisão cubana, chamado Homens de Fogo, algo inédito na época.

Pois bem, ele se comprometeu pessoalmente a nos fornecer os melhores cenários, filmando nas principais locações externas e internas, e ofereceu suas valiosas experiências para aprimorar os roteiros e muitas outras ações práticas que contribuíram para o sucesso da novela. Em 2016, o aniversário aconteceu no teatro Ciro Redondo, que faz parte do Comando 1 do Corpo de Bombeiros desde os primeiros anos da Revolução, localizado na Havana Velha.

Aquele coliseu teve grande reconhecimento antes do triunfo da Revolução, ali mesmo ensaiaram o grupo musical Anacaona e outros grupos da época, assim como várias peças foram estreadas e filmes foram exibidos.

Também nesse palco aconteceram encenações de grupos de dança orientados por Cristi Domínguez e vários festivais culturais. A instalação teve grande influência da comunidade. Em 1959 recebeu o nome de Ciro Redondo. No entanto, a instalação se deteriorou a ponto de se tornar em ruínas e permaneceu assim nos últimos 40 anos. Reabriu as suas portas após um árduo trabalho de reconstrução, embelezamento e modernização tecnológica, e por isso serviu de palco para os 320 anos do Corpo de Bombeiros.

Como Rafa teria gostado dessa comemoração, análoga às que ele cultivava, e elas deram frutos nas novas gerações encarregadas de dar continuidade ao seu trabalho, para que esses reconhecimentos não passassem despercebidos.

Por isso, hoje não podemos deixar de expressar a nossa gratidão a quantos deram tudo neste esforço, não só por estarem presentes na linha da frente, à frente de uma das profissões menos consideradas e por vezes até descuidadas, apesar de ser uma das mais perigosas e épiacas em qualquer uma de suas modalidades, digamos combate a incêndio, salvamento ou resgate.

O Coronel Bienvenido Rafoso Bartolomé sempre se destacou na organização dessas comemorações e assim manteve a tradição daqueles incomparáveis e modestos combatentes.

arb/ndm/hb

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