19 de May de 2024
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Cuba estaria melhor sem bloqueio

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Cuba estaria melhor sem bloqueio

Havana (Prensa Latina) A equação é simples: Cuba estaria melhor sem bloqueio, disse o ministro das relações exteriores Bruno Rodríguez pouco antes da votação da resolução contra essa medida coercitiva unilateral, documento apoiado pela comunidade internacional na Assembleia Geral da ONU.

Por Deisy Francis Mexidor

Chefe da Redação na América do Norte

Mais uma vez, em 3 de novembro, o mundo expressou sua firme oposição a uma política de asfixia que já dura mais de seis décadas e sob a qual nasceu mais de 80% da população da ilha.

Aprovada por 185 votos a favor, a oposição dos Estados Unidos e seu aliado incondicional Israel, e as abstenções do Brasil e da Ucrânia, essa resolução agora se soma às 29 adotadas a cada ano desde 1992, quando começou esse tipo de exercício, interrompido apenas em 2020 devido à pandemia de Covid-19.

Os resultados, anunciados nas grandes mesas do plenário, refletiram mais uma vez a solidão dos Estados Unidos e sua surdez diante da reivindicação de Cuba, que foi ouvida pela trigésima vez na sede do organismo multilateral em Nova York.

Falando no debate que antecedeu a votação, Rodríguez disse que mais de 80% da população de seu país nasceu sob o bloqueio e alertou que, desde 2019, o governo dos Estados Unidos aumentou o cerco contra Cuba a uma dimensão mais cruel e desumana.

Durante os primeiros 14 meses do governo de Joseph Biden, destacou, os prejuízos foram de 6.364.000.000 de dólares, o que equivale a uma afetação de mais de 15 milhões de dólares por dia.

Nesse sentido, salientou que o bloqueio “cria as condições que alimentam as migrações irregulares, desordenadas e inseguras, a dolorosa separação de famílias e contribui para o crime de tráfico de seres humanos”.

Ele também se referiu ao impacto extraterritorial deste cerco que “fere a soberania dos países das Nações Unidas, sanciona seus empresários e impede que navios de terceiros que atracam em Cuba acessem seus portos”.

O ministro das Relações Exteriores também denunciou que, em meio à pandemia de Covid-19, o governo Biden excluiu o povo cubano da ajuda humanitária temporária aplicada a outras nações.

Enquanto a Covid-19 “revogou milhões de vidas no planeta e encheu Cuba de dor, o bloqueio se intensificou e gerou atrasos na chegada de suprimentos e equipamentos médicos essenciais para enfrentar a pandemia, em particular para a industrialização das vacinas cubanas”, enfatizou.

Ao fundamentar seu pedido de voto a favor da resolução, Rodríguez disse que o fazia em “nome do bravo, nobre e digno povo de Cuba, que apesar das adversidades não foi e não será derrotado”.

Mas também “em nome de nossas meninas, meninos e jovens que se opõem a políticas odiosas” e sofrem os efeitos do sistema de “medidas coercitivas mais cruéis e prolongadas que já foram aplicadas contra qualquer país e que devem ser abolidas pelo bem de todos”.

O que aconteceu na votação desta 77ª sessão da Assembleia Geral foi antecipado nos dois dias de amplos debates sobre o tema.

Blocos regionais e representantes dos diferentes países reiteraram sua posição contra essa barreira econômica, comercial e financeira, que sobreviveu a 11 administrações da Casa Branca.

VIOLAÇÃO FLAGRANTE E SISTEMÁTICA DOS DIREITOS HUMANOS “Cuba viveria melhor sem bloqueio” foi uma das frases mais repetidas durante os dois dias de debate na ONU, que se encerrou com a votação da resolução que pedia o fim dessa política de medidas coercitivas unilaterais dos Estados Unidos.

A maioria das intervenções de representantes de países e grupos regionais na Assembleia Geral destacou o impacto do bloqueio na ilha e, em meio a ele, sua vocação solidária.

Apesar de sofrer um bloqueio desumano que “causou sofrimento e é uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos”, segundo o embaixador boliviano nas Nações Unidas, Diego Pary, Cuba é um exemplo de colaboração em nível global.

A representante de Honduras, Noemi Espinoza, destacou que a nação caribenha contribui de forma ampla, contínua e solidária com os países que dela necessitam, mesmo lutando contra políticas punitivas. Ele fornece assistência técnica, oferece bolsas de estudo e está disposto a colaborar em questões diferentes, como desastres naturais, disse ele.

María del Carmen Squeff, embaixadora argentina na ONU, considerou que, apesar do bloqueio, Cuba mantém seu papel e liderança em várias esferas de cooperação e solidariedade.

Repetidamente, há três décadas, pediu-se o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, alertou o embaixador das Bahamas, Stan Smith, em nome da Comunidade do Caribe (Caricom).

Também denunciou a inclusão injustificada de Cuba na lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo de Washington e destacou que esta medida multiplica as consequências do bloqueio.

O Grupo dos 77 mais China, por sua vez, referiu-se à constante colaboração de Cuba com a comunidade internacional, especialmente por meio da cooperação Sul-Sul, e também mencionou sua assistência a outros países no contexto da pandemia de coronavírus.

O Sistema de Integração Centro-Americano fez o mesmo ao reconhecer o esforço cubano para desenvolver e distribuir vacinas contra o SARS-CoV-2 e o envio das brigadas médicas Henry Reeve que atenderam 55 Estados de diferentes regiões do mundo.

Como disse Bruno Rodríguez, milhões de pessoas na ilha estavam atentas a esta votação em que os membros da ONU estariam decidindo não só sobre um assunto de vital interesse para Cuba, mas também a favor da Carta das Nações Unidas, e em defesa da razão e da justiça.

Assim, Cuba obteve uma nova vitória em sua luta contra o bloqueio dos Estados Unidos ao obter apoio esmagador na ONU.

arb/dfm/hb

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