3 de May de 2024
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MPMEs no caminho do desenvolvimento sustentável

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MPMEs no caminho do desenvolvimento sustentável

Havana (Prensa Latina) Hoje, as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) representam 90% das empresas do mundo, entre 60 e 70% do emprego e 50% do Produto Interno Bruto global.

Por Cira Rodríguez César

Redação de Economia

Como entidades decisivas das sociedades, essas organizações produtoras de bens e serviços contribuem para as economias locais e nacionais e para a manutenção dos meios de subsistência, em particular entre os trabalhadores pobres, mulheres, jovens e grupos em situação de vulnerabilidade.

Marcadas por esta responsabilidade, estas entidades necessitam atualmente de um maior apoio do que nunca perante os impactos da pandemia de Covid-19, dos conflitos e da crise climática, pois são as mais afetadas por esta tríplice ameaça mas, ao mesmo tempo, as mais preparadas para alcançar uma forte reconstrução.

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou em 27 de junho de 2017 o Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas para aumentar a conscientização sobre sua contribuição para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a economia global.

CUBA NÃO NADA CONTRA A CORRENTE

Sem se afastar de seu Modelo Econômico e Social de Desenvolvimento Socialista, Cuba tem o desafio de alcançar uma economia eficiente e, em meio aos obstáculos impostos pelo bloqueio dos Estados Unidos e a complexa situação internacional, ter a capacidade de superar e gerar os bens e as riquezas que sustentam um projeto inclusivo.

Para o efeito, entre outras medidas e decisões de reconstrução do quadro económico e empresarial do país, a 20 de setembro de 2021, foram aprovados os regulamentos legais para a criação de novos atores, com os quais se iniciou uma nova etapa para as formas de gestão estatal ou não.

Assim começou a criação de micro, pequenas e médias empresas e as renovadas cooperativas não agrícolas.

Apenas nove dias depois, as primeiras 35 MPMEs foram autorizadas, sob o princípio de contribuir para a economia do país, não sendo organizações de sobrevivência, mas efetivamente inseridas no atual contexto econômico.

Um ano após a implementação dessa decisão, existem 5.360 MPMEs e cooperativas não agrícolas aprovadas e espalhadas por todo o país, segundo dados da vice-ministra do Ministério da Economia e Planejamento (MEP), Johana Odriozola.

Ao ingressar como novo ator econômico, cada um escolhe a forma jurídica organizacional que deseja adotar em seus negócios, o que garante a diversidade e a heterogeneidade do sistema empresarial cubano.

Do total, a maioria está concentrada na capital do país devido à infraestrutura, tamanho da população, rede de comercialização, importadores e outras condições, seguido por Granma, Holguín, Santiago de Cuba e Villa Clara, com mais de 300 cada, que não constitui um objetivo, mas depende das condições econômicas e sociais de cada território.

Odriozola lembrou que a norma legal para a sua constituição estabelecia que os trabalhadores por conta própria (privados) com mais de três trabalhadores contratados, não familiares, tinham de se tornar pessoas coletivas, quer se trate de uma cooperativa não agrícola ou MPME.

Isso é determinado porque engrossam o tecido empresarial do país para a recuperação da economia, e a produção de bens e serviços.

VERDADEIRA DESCOBERTA

Em algumas províncias há um aumento real de novos negócios ou empreendimentos que começaram do zero, o que realmente é uma injeção na geração de empregos, mas sem dúvida trata-se de conseguir uma inserção efetiva na economia, destacou Odriozola.

Os setores que mais agregam novos atores são a construção, com quase 24 por cento do total, por ser uma atividade muito trabalhosa e pouco investimento e financiamento para começar, além de ser muito demandada em todo o país.

Segue-se a indústria transformadora, que inclui a produção alimentar e os artigos da indústria ligeira, que se distinguem por serem muito estratégicos para o país, tendo a gastronomia e o alojamento um peso significativo.

Do total de MPMEs ou cooperativas não agrícolas, 134 já eram projetos de desenvolvimento local quando decidiram se converter, de modo que seu aumento demonstra a validade desta estratégia, à qual se somam projetos de desenvolvimento local para impulsionar a operação e contribuição econômica e social.

Um papel importante dessas organizações é estimular o processo econômico cubano, e como uma estrutura menor para responder às necessidades e dificuldades locais de forma oportuna e personalizada, além de promover empregos, resgatar antigos ofícios à beira do desaparecimento e aumentar a padrão de vida dos parceiros e suas famílias.

Para comemorar seu impacto, Odriozola especificou que o mais importante é o reconhecimento no processo de legalização como pessoa jurídica e transformação em empresa com a bancarização de suas operações, além da mudança na forma de fazer e pensar, devido à cadeia com o setor estadual, independentemente das falhas ou lacunas que possam ocorrer na implementação.

Na sua opinião, “estamos a falar de um novo ator económico, de questões que normalmente não tratamos, como o capital social e os nomes dos atores que por vezes geram certas preocupações, mas, num sentido geral, o processo é indo bem, embora não exceto por erros, mal-entendidos e dilatações”.

Também significativo, no âmbito da política de melhoria e flexibilização, é a ampliação do número de atividades econômicas que o setor não estatal pode realizar, passando de 127 para mais de duas mil, enquanto o impacto discreto dos aportes se faz sentir mais a nível territorial, em projetos de desenvolvimento local.

Tanto as MPMEs como as cooperativas não agrícolas têm personalidade jurídica, acesso ao financiamento e em um país como Cuba não deve faltar responsabilidade social, embora diferem em questões como contratação e contribuição de impostos ou tributos.

Um ano após sua aprovação e nascimento da primeira, tais organizações são temas recorrentes em fóruns, reuniões de negócios, feiras internacionais e análises econômicas, pois apesar das limitações, obstáculos e tabus, são atores importantes e decisivos para o desenvolvimento sustentável cubano.

arb/crc/ml

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