29 de April de 2024
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Reformas na constituinte em El Salvador

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Reformas na constituinte em El Salvador

San Salvador (Prensa Latina) Como resultado de interpretações e dúvidas sobre o atual processo de "reforma" da Constituição de El Salvador, que está liderando o governo do presidente Nayib Bukele, surge a questão se merece um referendo no país.

Por Luis Beatón

Correspondente Chefe em El Salvador

O referendo, por definição, é o mecanismo de votação e consulta cidadã, sujeito à disciplina constitucional quanto à aprovação ou rejeição da criação, modificação ou revogação de leis.

Algo semelhante acontece quando há profundas modificações em um total de 218 propostas contidas em um documento que uma equipe chamada “ad hoc” propõe à atual Carta Magna de El Salvador, que tem seus fundamentos na de 1950, reformada em 1962 e 1983.

Segundo ampla explanação sobre o assunto, dada pelo vice-presidente Félix Ulloa em entrevista ao jornal El Salvador, relacionada ao governo, a Modernidade do Estado e o empoderamento do cidadão fazem parte das reformas. Cria um preâmbulo que define o que é o Estado.

O processo atual, segundo Ulloa, inclui as opiniões de alunos, professores e da equipe “ad hoc” para dar as contribuições históricas que são levadas em consideração.

A partir de cada conversa, preparam um documento que depois é entregue à equipa “ad hoc”, e preparam uma nova adenda, que será entregue ao presidente Nayib Bukele no final deste ano, assegurou o vice-presidente, advogado com vasta experiência nestes eventos.

Essas conversas provavelmente terminarão no final de outubro, e então sistematizaremos todas as contribuições. A resposta é altamente positiva, com um grande número de conversas em San Salvador e no interior do país, explicou o alto funcionário, “Questões específicas são abordadas”, disse ele.

DEBATE AO ALTO NÍVEL

“Atingimos o objetivo da discussão, do debate ao mais alto nível, o nível universitário. Em San Miguel nos disseram que a liberdade acadêmica é uma das maiores conquistas da liberdade de pensamento; por isso, convidamos para que haja total e absoluta liberdade na discussão dos assuntos. Estamos satisfeitos com esta etapa”, explicou. O exercício é qualificado pelo vice-presidente como uma “nova forma de trabalho”. Foi aberta uma plataforma para permitir a participação de todos os salvadorenhos no território ou fora do país que pudessem fazê-lo.

“Recebemos mais de 3.800 propostas de salvadorenhos de 25 países. Pela primeira vez, a diáspora pôde participar na preparação de uma proposta de reformas constitucionais”, sublinhou.

Organizaram quatro mesas: a primeira foi a dogmática; o segundo, o sistema econômico e político; a terceira, na parte orgânica do Estado; e a quarta, sobre os processos e prazos na Constituição que não foram definidos. Eram formados por profissionais, dirigentes de associações sociais e empresariais.

“As pessoas vieram e pediram para participar, então ouvimos as igrejas, os sindicatos, o setor privado, as instituições públicas e vários ministérios: Defesa, Interior, Educação, Saúde, Ministério Público, ambos os Ministérios Públicos”, ele disse.

Todas as propostas foram consideradas. “A primeira fase foi aberta, transparente. E entregamos essas formulações ao presidente Nayib Bukele em 15 de setembro de 2021, mas pedimos a ele espaço para apresentar essas propostas às universidades e receber suas sugestões, e é isso que estamos fazendo .”

QUESTÃO DE POSSÍVEIS CONTROVÉRSIAS Estamos falando de uma nova Constituição ou de reformas na Constituição?, pediu ao jornal que destacasse o que poderia ser assunto de polêmica nos próximos meses.

“… nada mais do que reformas abrangentes. Foi revisto o artigo 1º ao 274º, acrescentando-se um preâmbulo que define o que é o Estado”, respondeu Ulloa.

“A Constituição vigente não define o que é o Estado. Fazemos isso a partir dos três elementos constitutivos: o território, a população e o sistema regulador”, esclareceu o vice-presidente.

Damos-lhe uma conotação na visão integracionista para que El Salvador possa fazer parte da grande nação centro-americana. O direito de ter uma grande pátria. Hoje está contemplado no artigo 89 como uma aspiração, e colocamos como um direito, disse.

Propomos 218 reformas à Constituição. Não estamos pedindo uma Assembleia Constituinte, mas que se siga o processo já estabelecido, que uma Assembleia aprove as reformas e outra legislatura que as ratifique, ressaltou.

E onde vai ficar o povo, pergunte aos analistas que acreditam ser necessário convocar um referendo, que permitiria aos que se opuserem se manifestarem a favor ou contra esse exercício de reformas, mais parecido com um constituinte do que qualquer outra coisa.

Segundo especialistas, a tarefa de interpretar a Constituição não é uma atividade exclusiva, mas sim uma função da qual todos os setores da vida social devem participar.

CRÍTICAS DA OPOSIÇÃO

Uma das críticas da oposição é que o texto constitucional atual tem ambiguidades. Elas estão resolvidas?, perguntou o jornal El Salvador.

Ulloa respondeu que, de fato, há artigos com ambiguidades, permanecem obscuros, contradizem, e isso obriga uma Câmara Constitucional a interpretá-los e acrescentou: E como não somos filólogos nem especialistas em gramática, pedimos à Academia Salvadorenha de Línguas que revise o texto, para esclarecer interpretações caprichosas.

De acordo com as respostas do vice-presidente, o objetivo é “deixar um legado para as novas gerações, uma nova Constituição. Sabemos que a atual Constituição foi redigida durante a guerra, e tem aquele significado histórico do momento”.

Na sua opinião, propõem um Estado mais moderno, em resposta às exigências destes tempos. “Estou satisfeito por ter dado a sociedade este documento, que servirá para desenhar aquele país que sonhamos”, frisou.

Vemos, afirmou, não só neste momento, o desenho do país que visualizamos. Não são apenas os direitos às profissões, mas à participação do cidadão, que é o poder de propor mudanças nas políticas públicas, o direito de dizer não ou sim a uma medida governamental quando consultado, observou o alto funcionário e jurista salvadorenho

Então, é uma nova Constituição ou uma reforma?, e até, vai haver referendo?, perguntam alguns moradores, e ainda mais quando o atual governo tem todas as alavancas do poder nas mãos todas as fontes do poder.

arb/lb/ls

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