Em comunicado, a Assembleia Social e Popular da Guatemala (ASP), a Coordenação e Convergência Nacional Maya Waqib’ Kej, Ação Cidadã e JusticiaYa, convidaram a população a participar das manifestações marcadas para 11 de agosto em repúdio a “uma máfia governamental e exigir o seu fim”.

O grupo alerta em seu apelo como o “Pacto de Corruptos conseguiu consolidar a captura do Estado, a ponto de violar flagrantemente os direitos fundamentais de nossos povos e de qualquer pessoa que se oponha à corrupção”.

Entre os motivos que expõem a atual crise do governo de Alejandro Giammattei, citam os negócios com as vacinas contra a Covid-19 e a má gestão da pandemia, até os sucessivos estados de calamidade sem ver seus efeitos, o aumento da pobreza, alto custo de vida e salários de fome.

A convocação se pronuncia sobre a captura do fundador do elPeriódico, José Rubén Zamora, com grande implantação judicial para silenciar as críticas da mídia.

Os grupos levantam cinco demandas ou demandas básicas, entre elas, ações econômicas sérias e objetivas para reduzir o aumento contínuo da cesta básica, a renúncia de Walter Mazariegos como reitor de fato e a repetição do processo eleitoral na Universidade de San Carlos.

Outras alegações têm a ver com o desconhecimento de Giammattei como presidente e a renúncia da procuradora-geral, Consuelo Porras, e de Rafael Curruchiche, chefe da Promotoria Especial contra a Impunidade.

Exigem também o respeito à liberdade de expressão e a libertação de todos os presos políticos, bem como o fim da criminalização de promotores, juízes honestos, jornalistas e defensores dos direitos humanos.

Ontem, cerca de 20 organizações civis, indígenas, estudantis e de mulheres bloquearam importantes trechos de rodovias em todo o país e em outros pontos saíram às ruas pacificamente.

“Se ficarmos calados e não protestarmos, perdemos tudo”, #VamosALaCalle ” #HagamosElParo, #TodosContraLaCorrupción e #ParemosLaDictadura são os slogans e hashtag que marcam tendência nas redes sociais horas antes de mais um dia de manifestações, desta vez com uma maior presença nesta capital. oda/mmc/cm