A informação foi divulgada durante a apresentação do relatório devido ao elevado controlo que o Parlamento da ilha submeteu ao Ministério da Energia e Minas sobre o seu desempenho no ano anterior, cujos resultados foram apresentados pelo deputado Santiago Lajes, presidente da comissão legislação da indústria.
Ele explicou que a extração de petróleo bruto e gás vem principalmente de poços que entraram em operação em períodos anteriores e com menor contribuição de novos.
Lajes reconheceu que a produção de gás não atende à demanda das usinas geradoras da Energas, e parte da produção é descartada na atmosfera, para o que está em curso um processo de investimento para resolver a situação.
Apontou falhas no programa de recuperação e manutenção das capacidades de armazenamento de combustíveis, causadas pela afetação de abastecimentos, e interrupções produtivas devido a medidas de encerramento de territórios e outras restrições associadas ao confronto com a Covid-19.
O deputado referiu que a baixa disponibilidade de matérias-primas fez com que 582 mil e 500 toneladas de crude deixassem de ser processadas.
Ele detalhou em sua apresentação que no ano anterior o consumo de energia diminuiu 7,9 porcento em relação a 2020. No setor estadual a queda foi de 7 porcento.
O 47 porcento da eletricidade gerada em 2021 foi com fontes nacionais (petróleo bruto nacional, gás e energias renováveis), segundo o relatório apresentado aos deputados.
Lajes disse que o Sindicato dos Eléctricos presta serviço a quatro milhões 309 mil 736 consumidores, o que representa mais de 99,9 por cento da electrificação do país.
Ele afirmou que o Ministério de Energia e Minas patrocina 39 negócios com participação de capital estrangeiro, concentrados em projetos de energia renovável, exploração e produção de petróleo, bem como extração e beneficiamento de recursos minerais.
A carteira de oportunidades de Investimento Estrangeiro apresenta 185 projetos ligados à sua atividade, 17 em energia, 116 em petróleo e 52 em mineração.
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