O ministério russo publicou em seu site que Lavrov manterá conversações bilaterais com seus homólogos chineses e turcos, Wang Yi e Mevlut Cavusoglu, respectivamente, à margem da reunião.
Além disso, o comunicado especifica que possíveis contatos estão sendo preparados com líderes da indústria na África do Sul, Brasil e México.
Da mesma forma, a agência descartou que o chefe da diplomacia russa se reunisse com o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken nesta ocasião, apesar de este ser o primeiro evento em que eles se reuniram desde a reunião realizada em 21 de janeiro em Genebra, na Suíça.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse à mídia anteriormente que a Rússia planeja abordar “questões urgentes relacionadas à consolidação dos princípios do multilateralismo em condições de uma ordem mundial policêntrica, bem como o aumento da segurança alimentar e energética”.
A reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20 decorrerá até sexta-feira sob o tema Construir juntos um mundo mais pacífico, estável e próspero.
Os organizadores explicaram que o evento será realizado em duas sessões: Fomentar o multilateralismo, que abordará estratégias para promover a cooperação global e construir confiança mútua entre os países, e a segurança alimentar e energética, dedicada à luta contra a crise alimentar.
Este evento precede a cúpula dos líderes dos estados membros do G20 a ser realizada em 15-16 de novembro, também em Bali.
O evento, que este ano chega a sua 17ª edição, tornou-se tema de forte controvérsia devido à possível participação do presidente russo Vladimir Putin, que neste caso participaria de uma reunião de alto nível com países ocidentais pela primeira vez desde o início da operação militar russa na Ucrânia.
Neste sentido, vários políticos ocidentais pediram um boicote à cúpula caso o líder russo decidisse participar.
Apesar das chamadas, o presidente indonésio Joko Widodo confirmou em abril passado que havia convidado seus homólogos russo e ucraniano, Vladimir Zelensky, em resposta à premissa de que seu país quer unir o G20. “Não deixe que haja uma ruptura”, disse ele.
No dia anterior, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia esclareceu que o formato da participação de Putin na Cúpula do G20 dependerá da situação global e do ambiente epidemiológico no sudeste asiático.
jf/odf/bm