Segundo dados fornecidos por esta organização internacional dedicada à educação e cultura, os defensores desta expressão residem em mais de 14 países, embora seja comum noutros fóruns da área como a União Africana e a Comunidade da África Oriental.

O jornalista e linguista Juan Jacomino lembrou à Prensa Latina a presença de algumas frases em suaíli no famoso filme de animação O Rei Leão, produzido pela companhia americana Walt Disney, entre elas, a filosofia de vida “Hakuna Matata”, em espanhol “Há não há problemas”.

“Simba, por exemplo, significa leão e Rafiki, o nome do macaco, se traduz como amigo. A canção mais universalmente conhecida nessa língua é Malaika, anjo em espanhol, popularizada pela incomparável cantora sul-africana Miriam Makeba em tempos de Apartheid”, explicou o especialista.

Jacomino foi um dos dois cubanos selecionados para estudar essa língua “influenciada por outras como árabe, inglês e português” durante o período de 1978 a 1985, na Universidade Dar es-Salam, localizada na cidade do mesmo nome, um dos mais populosos da Tanzânia.

“Foi um intercâmbio, porque como parte dele vieram dois tanzanianos para ensinar suaíli no centro de ensino Pablo Lafargue, em Havana. Eu me formei com especialização em linguística bantu e literatura africana”, disse.

O especialista destacou a contribuição do professor Julius Nyerere, fundador e primeiro presidente da atual República Unida da Tanzânia, na consolidação dessa língua nos estados do continente e mencionou a amizade do político com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.

A língua, originária da costa leste, faz parte do mosaico de dialetos praticados pelos povos bantos e atualmente é falada por mais de 200 milhões de pessoas no planeta, tornando-se uma das 10 mais difundidas.

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