Em entrevista coletiva, o chefe dos avaliadores, György Hölvényi, apresentou no relatório final que a limitação de recursos financeiros e humanos amenizou as eleições legislativas realizadas no exterior nos dias 6 e 8 de maio e em solo libanês no domingo 15.
Hölvényi, um membro do Parlamento Europeu, destacou que as práticas generalizadas de compra de votos e clientelismo distorceram a igualdade de condições e afetaram seriamente o sufrágio dos eleitores.
A autoridade salientou que as campanhas políticas careciam de estrutura legal para financiamento em termos de transparência e responsabilidade.
Apesar de reconhecer o respeito à liberdade de expressão, a declaração dos observadores considerou que a mídia não proporcionou a mesma visibilidade ou cobertura equilibrada, enquanto o espaço online foi enviesado pela frequente manipulação de informações.
Entre as prioridades recomendadas para os próximos períodos eleitorais, o chefe dos Observadores da UE destacou a necessidade de estabelecer megacentros com base no recenseamento eleitoral prévio, formar uma Comissão Fiscalizadora como entidade jurídica, independente e com capacidade para verificar e auditar todas as contas candidatas e suas famílias.
Da mesma forma, Hölvényi carimbou no relatório a urgência da adoção de medidas para aumentar a representação das mulheres no corpo legislativo.
Ao mesmo tempo, o representante europeu reiterou o apoio ao Líbano na implementação dessas recomendações para melhorar os futuros processos eleitorais.
A convite das autoridades libanesas, um total de 167 observadores de 27 estados membros da UE, Canadá, Noruega e Suíça avaliaram as eleições parlamentares de 27 de março a 16 de junho.
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