Briceño também qualificou essa política de ilegal em seu discurso de abertura, neste domingo, da 43ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), sediada nesta capital.
O chefe de governo pediu a celebração das relações diplomáticas entre os países integrados nesse mecanismo e Havana, laços que no final do ano completarão cinco décadas de oficialização.
“Este marco histórico nos chama a um esforço dedicado para acabar com o bloqueio ilegal imposto a Cuba”, disse o político belizenho de 61 anos na abertura do fórum que termina amanhã.
A reunião regional se reúne com base em uma agenda de interesse comum, na qual se destacam a pandemia de Covid-19 e seu impacto na região, os avanços na segurança alimentar e nutricional, as ações concertadas como os temas mais importantes para enfrentar as mudanças climáticas, e apoio à implementação de um mercado e uma economia comuns.
A reunião inaugura o chefe de Estado do Suriname, Chandrikapersad Santokhi, como presidente pro tempore da Caricom, cargo no qual sucede a Briceño, que ocupava essa responsabilidade desde 1º de janeiro.
Briceño defendeu a integração regional durante sua gestão à frente da comunidade, bem como a posição comum dos países membros perante a comunidade internacional.
Talvez o exemplo mais conhecido seja seu discurso aos chefes de estado e de governo presentes na IX Cúpula das Américas em junho passado, realizada em Los Angeles, Estados Unidos.
Lá, ele criticou a exclusão da Nicarágua, Venezuela e Cuba por razões políticas e exigiu que Washington acabasse com sua política hostil em relação a Havana.
As autoridades cubanas denunciaram repetidamente esta política que causou perdas avaliadas em 150 mil 410 milhões de dólares a preços atuais, além de violações permanentes de direitos humanos e efeitos em setores tão sensíveis como saúde e educação.
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